Segunda-Feira, 14 de Outubro de 2019, 16h00
LEILÃO DE R$ 55 MILHÕES
Bens de Silval podem ser comprados parcelados; arrecadação em leilão será destinada aos presídios de MT
Se não houver interessados até quarta-feira às 18h00, bens terão queda de até 50%
RODIVALDO RIBEIRO
Da Redação
Será realizado nesta quarta-feira (16) o primeiro leilão da história de Mato Grosso em que serão oferecidos imóveis recuperados por meio de ações de combate a corrupção até um montante de quase R$ 52 milhões. Todos os valores aferidos neste primeiro evento de uma série prometida pelo Poder Judiciário — sete lotes que somados chegam a quase R$ 50 milhões, entregues por Silval Barbosa em delação premiada — serão revertidos para melhorias no sistema penitenciário, revelam ao FOLHAMAX o leiloeiro Paulo Brasil e o representante da M7 Leilões, Marcelo Miranda, organizadora do certame.
Composto por três fazendas, dois apartamentos, uma casa e um terreno às margens do lago formado pela barragem da Hidrelétrica do Rio Manso, a abertura deste primeiro lote também é inédito em outro quesito: os interessados poderão dar lances no Delmond Hotel, onde será realizado a partir das 14h, ou online, do celular, tablete, laptop ou desktop, numa modalidade híbrida (presencial e via web). “É um benefício social muito grande, uma atitude nobre do Estado a de reverter isso para um sistema que está falido”, revela Brasil.
“Além disso, todos os imóveis foram avaliados por peritos de alta competência, as avaliações são justas. Nossos leilões acontecem com lances pela internet que podem ser dados até o dia 16, pelo site da M7leilões.com, onde a pessoa faz um cadastro simples [RG, CPF, comprovante de endereço], se habilita a fazer lances e até a hora do almoço. Depois, as habilitações são fechadas e, às 14h, o leilão presencial será aberto. A novidade nesse sentido é que o leilão é híbrido”, explica Marcelo Miranda.
Outro imóvel da família Barbosa — o filho Rodrigo, a esposa Roseli e o irmão Antônio também foram condenados a fazer devoluções até um valor de R$ 80 milhões — foi retirado dos lotes à venda porque foi requisitado pelo governo para utilização em atividades de assistência social. Trata-se de um imóvel localizado na quadra 13 da Rua Amsterdã, bairro Rodoviária Parque, avaliado em R$ 1,2 milhão. “Queremos mostrar para as pessoas que além do dinheiro voltar para o uso da população, é uma coisa bacana porque pois a pessoa devidamente habilitada até o meio-dia da quarta-feira, dia 16, participa normalmente online, assim como as pessoas que lá chegarem. É muito simples se cadastrar e poder lançar”, explicam.
Além de reverter ao uso público dinheiro que pertencia a todos, Miranda e Brasil, a oportunidade de realizar um bom negócio é inegável, pois além da possibilidade de pagar menos que o valor de mercado por bens em excelente estado de conservação, com garantias e resguardos judiciais, podem ser adquiridos com apenas 25% do valor de entrada e o restante financiado com juros consideravelmente menores que os praticados no mercado — em até 30 vezes —, pois baseado no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Para quem quiser ser um pouco mais aventureiro também terá oportunidade, explica o leiloeiro.
Se não houver nenhum lance até as 17h do dia do leilão, é aberta automaticamente a segunda praça. Nela, os imóveis têm uma queda de preço total de 50%. Uma das fazendas, por exemplo, avaliada em R$ 33 milhões desceria para R$ 16,5 milhões.
“Quem estiver interessado em fazer bons negócios e ao mesmo tempo quiser contribuir e incentivar essa prática de cidadania, ou seja, conseguir arrematar um bem, fazer um bom negócio e mesmo assim contribuir com o governo do Estado de Mato Grosso, que fará reformas das penitenciárias e coisas que estavam em voga até esses dias, terá essa ótima oportunidade através deste leilão”, argumenta Marcelo Miranda.
Os dois fazem questão de lembrar que o leilão é muito fácil e aberto à participação de qualquer cidadão, porém a veracidade das informações e a capacidade financeira de arcar com o negócio devem ser sempre levados em consideração, pois alegações de desistência após a compra são aceitáveis e previstas, mas a responsabilização financeira via multa recomenda prudência na hora de fechar o negócio. “Até pode alegar desistência, mas vai sofrer as consequências da lei. Será considerado crime, pagar uma multa de 10% sobre o valor do imóvel arrematado e ainda ficar com um problema criminal a ser resolvido”, lembra Marcelo Miranda.
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