Sábado, 20 de Junho de 2015, 23h00
CRISE FINANCEIRA
Com dívida de R$ 70 milhões, empreiteiras tem oficializada recuperação judicial
Três Irmãos e Valor Engenharia citam calotes dos governos estadual e federal
RAFAEL COSTA
Da Redação
As empresas Três Irmãos Engenharias LTDA e Valor Engenharia LTDA receberam autorização da Justiça de Mato Grosso para entrar em fase de recuperação judicial, o que permite a renegociação das dívidas com seus credores para evitar falência.
As empreiteiras são de propriedade da família do ex-secretário de Estado e atual suplente de deputado estadual, Carlos Avalone (PSDB). Conforme apurado, a soma do passivo das empresas corresponde a R$ 70 milhões.
Um dos motivos da crise econômica foi não receber nos últimos meses R$ 7 milhões do governo do Estado e outros R$ 15 milhões do governo federal referente a obras conduzidas pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
As empresas alegaram que até o final de 2014 detinham aproximadamente 1 mil funcionários contratados de forma direta. Porém, com o desaquecimento da economia brasileira que levou a paralisação de diversas obras públicas pelo país afora, em conseqüência da suspensão de pagamentos pelos governos estadual e federal, houve queda para 700 funcionários.
Sem receber pela execução das obras públicas, as empreiteiras tiveram que investir em custos de manutenção de estrutura dos canteiros de obras, o que gerou gastos e nenhuma margem de lucro.
Para atender a demanda das atividades empresariais, foi obtido um empréstimo de R$ 13 milhões de reais somente em 2014.
A situação financeira se agravou ainda mais com o reajuste de 40% sobre os insumos de produção como energia e combustível (derivados de petróleo), o que elevou o nível de endividamento.
O Grupo Empresarial que compõe a Três Irmãos Engenharia LTDA e Valor Engenharia LTDA iniciou suas atividades em junho do ano de 1981. Com sede em Cuiabá e atuação nas regiões Centro-Oeste e norte do país, as empreiteiras ganharam notoriedade pela condução de obras públicas, notadamente nas áreas de construção e pavimentação de rodovias, pontes, aeroportos, barragens e outras.
Conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou nesta quarta-feira (8), as empresas tem o prazo de 60 dias para apresentar o plano de recuperação judicial sob pena de convolação em falência.
A decisão que autoriza a recuperação judicial também suspende todas as ações e execuções promovidas contra as empreiteiras. O magistrado ainda determinou a dispensa da apresentação de certidões negativas para ambas as empresas exercerem livremente suas atividades, exceto para contratação com o Poder Judiciário ou para recebimento dos benefícios ou incentivos fiscais. As empresas também não poderão ser inclusas em órgãos como SERASA e SPC.
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