Domingo, 10 de Agosto de 2025, 16h16
VIDA DISCRETA
Com fortuna de US$ 7 bi, mais rica do agro vive sem “ostentar”
Aos 89 anos, ela acumula uma fortuna estimada em cerca de US$ 7 bilhões
COMPRE RURAL
Lucia Borges Maggi é uma das figuras mais emblemáticas do agronegócio brasileiro. Aos 89 anos, acumula uma fortuna estimada em cerca de US$ 7 bilhões, consolidando-se como a mulher mais rica do Brasil, segundo a Forbes. Cofundadora do Grupo Amaggi, uma das maiores produtoras e exportadoras mundiais de soja, ela mantém uma presença discreta, longe dos holofotes, mas com influência decisiva na condução de um império que movimenta bilhões e molda o futuro do campo nacional.
Desde a década de 1970, o agronegócio brasileiro passou por profundas transformações, consolidando-se como um dos pilares da economia nacional e um dos maiores exportadores mundiais de commodities agrícolas. Nesse contexto, o Grupo Amaggi destacou-se ao investir cedo no Mato Grosso, aproveitando as terras férteis e o potencial logístico da região para criar um modelo de produção integrado que impulsionou o desenvolvimento do setor no país.
Apesar da grandiosidade dos negócios, Lucia opta por viver em Rondonópolis, Mato Grosso, acompanhando de perto as operações da empresa, mas sem ocupar cargos executivos ou públicos. Seu estilo de liderança se destaca pela simplicidade e eficiência, provando que, no agro, poder e sucesso não se confundem com ostentação, mas sim com decisões firmes e visão de longo prazo.
A gênese de um império: do Paraná ao coração do Mato Grosso
Em 1977, Lucia e seu marido, André Maggi, fundaram o Grupo Amaggi, inicialmente chamado Sementes Maggi, em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Apenas dois anos depois, vislumbrando as potencialidades do Centro-Oeste, transferiram operações para o Mato Grosso, então um território ainda pouco explorado que viria a se tornar o maior celeiro do país.
Nas décadas seguintes, a família promoveu uma verdadeira revolução agrícola, expandindo a produção de soja e outras commodities. A Amaggi evoluiu do simples cultivo para se tornar uma gigante global, ampliando seu portfólio para o processamento de grãos, comercialização de insumos agrícolas, geração de energia elétrica e desenvolvimento de uma robusta infraestrutura logística própria, que inclui silos, usinas, portos e centros de distribuição.
Atenta às demandas do mercado global e às questões ambientais, a Amaggi incorporou práticas sustentáveis, como o uso de tecnologias de agricultura de precisão, monitoramento por satélites para preservar áreas de proteção ambiental e programas de recuperação florestal. Além disso, investe em energias renováveis, com usinas hidrelétricas e projetos de biomassa, que reduzem o impacto ambiental e aumentam a eficiência energética das operações.
Liderança e legado após a perda de André Maggi A morte de André, em 2001, não marcou o fim, mas o início de uma nova etapa. Lucia assumiu como principal acionista e gestora estratégica do grupo, guiando o crescimento da empresa com uma visão clara e conservadora. Evitando cargos executivos e exposição pública, prefere atuar nos bastidores, no conselho consultivo, onde monitora as decisões estratégicas e preserva os valores fundadores da empresa.
Ao longo das décadas, a Amaggi enfrentou desafios como oscilações de preços no mercado internacional, barreiras comerciais, crises econômicas e pressões ambientais. A infraestrutura logística limitada no Brasil exigiu investimentos robustos para superar gargalos e manter a competitividade. A liderança estratégica de Lucia foi fundamental para garantir a estabilidade do grupo em momentos críticos e para a tomada de decisões que garantissem o crescimento sustentável da empresa.
A empresária Lúcia Borges Maggi, matriarca do grupo Amaggi, foi reconhecida pela Forbes como a mulher mais rica do Brasil em 2023, ocupando a 350ª posição no ranking global de bilionários. Sua fortuna foi estimada em US$ 6,7 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 35,42 bilhões, consolidando sua presença entre as grandes fortunas do agronegócio mundial.
Além de Lúcia, o seleto grupo de bilionárias brasileiras inclui nomes como Ana Lucia de Mattos Barretto Villela, acionista do Itaú Unibanco, e Maria Helena Moraes Scripilliti, herdeira do Grupo Votorantim e filha de Antônio Ermírio de Moraes.
Sob sua liderança e da família Maggi, a Amaggi se consolidou como uma potência do agro nacional. Em 2023, a empresa alcançou a 13ª posição no ranking das 100 maiores empresas do agronegócio no Brasil, com um faturamento de R$ 23,51 bilhões, segundo levantamento
Descrita por quem convive com ela como determinada, discreta e extremamente pragmática, Lucia valoriza a simplicidade e a dedicação ao trabalho. Sua liderança é pautada pelo exemplo, respeito às pessoas e atenção aos detalhes, características que inspiram confiança e lealdade dentro do grupo familiar e entre colaboradores. Seu compromisso com a continuidade e com os valores fundadores da empresa refletem uma visão de longo prazo, essencial para o sucesso no agronegócio.
Logística própria: o diferencial que impulsiona o crescimento
Um dos maiores trunfos do Grupo Amaggi é sua infraestrutura logística verticalizada, construída ao longo dos anos para garantir eficiência e controle no escoamento da produção. Em um país onde a logística do agro representa um gargalo, o grupo desenvolveu frota própria de caminhões, centros de armazenamento e terminais, uma vantagem competitiva essencial.
Essa estrutura possibilitou à Amaggi maior autonomia, redução de custos operacionais e agilidade no transporte dos grãos para portos e mercados internacionais, especialmente Europa e Ásia, seus principais destinos.
Família e influência: o papel de Blairo Maggi
Lucia é mãe de cinco filhos, entre eles Blairo Maggi, um dos nomes mais influentes do agronegócio brasileiro. Blairo acumulou cargos públicos importantes, como governador do Mato Grosso, senador e ministro da Agricultura no governo Michel Temer. Embora conhecido como o “rei da soja”, também enfrentou críticas de ambientalistas devido à sua postura política.
Mesmo com controvérsias, Blairo fortaleceu a dinastia Maggi no agro, atuando como acionista da empresa familiar e mantendo vínculos estreitos com a gestão que segue sob o comando discreto da mãe.
Ao contrário do estereótipo dos bilionários que vivem na ostentação, Lucia leva uma vida simples e discreta em Rondonópolis. Evita holofotes, não concede entrevistas e prefere atuar longe do palco público. Quem convive com ela garante que nenhuma decisão importante na empresa é tomada sem sua aprovação, reafirmando seu papel central mesmo nos bastidores.
Além dos negócios, Lucia preside a Fundação André e Lucia Maggi, que realiza projetos sociais focados em educação, saúde e desenvolvimento regional nas comunidades onde o grupo atua. Entre os projetos de destaque estão o financiamento de bolsas de estudo para jovens do campo, campanhas de vacinação e programas de capacitação profissional, que contribuem para a melhoria da qualidade de vida e para a formação de uma nova geração preparada para os desafios do agro.
Em entrevista concedida à Revista AgroBrasil em 2023, Lucia resumiu sua filosofia: “O verdadeiro valor do nosso trabalho está em deixar um legado que fortaleça o Brasil, respeitando a terra, as pessoas e as futuras gerações.”
Essa frase sintetiza sua postura discreta, mas firme, e reforça o compromisso com um agronegócio produtivo e responsável.
O que torna a história de Lucia Maggi única
A trajetória de Lucia representa uma geração que fez o agro brasileiro prosperar com trabalho árduo, visão estratégica e decisões de longo prazo. Ela construiu e mantém um império multinacional com raízes profundas no campo, sem luxo, escândalos ou discursos vazios. Seu poder reside no silêncio, na gestão eficaz e na capacidade de influenciar o agronegócio brasileiro a partir de uma base sólida.
Mesmo com quase 90 anos, Lucia permanece no comando, preferindo o silêncio das fazendas ao brilho dos holofotes. É essa combinação de humildade e força que explica por que ela é a mulher mais poderosa do agro.
Oportunista | 12/08/2025 07:07:33
Acho as coroas de 89 anos as mais charmosas. Onde ela mora mesmo?
SERGÃO | 11/08/2025 16:04:39
Em compensação os sobrinhos e nestos e netas, aff... gasta igual come farinha!!!
Cupido CLT | 11/08/2025 08:08:14
Será que essa linda sra ainda está aberta ao amor ?
Brasileiro | 11/08/2025 06:06:46
Parabéns grande mulher! Deus te abençoe.
JOSEH | 10/08/2025 20:08:20
90 anos vai ostentar o quê? Que tem 49 anos?
muito louco | 10/08/2025 18:06:12
Acredito que já existe dentro do seu espirito que um dia irá embora e o imperio ficara para os sucessores e então será julgada pelas ações, atitudes e comportamento que teve com o outro e não com a construção de império terreno, tomara que tenhas construido um império lá em cima, para onde todos irão, ok
Anonimos | 10/08/2025 17:05:57
Kkkkkk de conta que ela sabe da fortuna, um baita esquema, do besta acredita.....bando de vermes
Caio Oliveira | 10/08/2025 17:05:29
De certo que ela aos 89 tem que ir pra balada e ostentar... Cada ummmmmm...!
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