Economia

Quarta-Feira, 26 de Junho de 2024, 16h01

CHÁCARA URBANA

Empresa questiona laudo de engenheiro em "guerra" por 24 hectares em VG

Imóvel está localizado em região com grande potencial imobiliário

Da Redação

 

Uma ação em andamento na 4ª Vara Cível de Várzea Grande tenta impugnar o laudo pericial de um processo de reintegração de posse na mesma Comarca. O pedido de anulação foi feito pelas empresas ESG e E2C Participações e Investimentos, que tenta evitar que José Nilton Reliquias dos Santos e Jandir Antonio Mracsanski ocupem a chácara Iseoleta, que está localizada na avenida Aleixo Ramos da Conceição, na região da Guarita.

As empresas alegam que o documento conta com informações inconsistentes e temem que a Justiça seja induzida a uma decisão errada na disputa de uma área de 24 hectares na Cidade Industrial. Além da invalidação do laudo, também é solicitada a destituição do perito, o engenheiro João Dias Filho.

Na ação é apontado que as coordenadas geográficas incorporadas no processo foram plotadas incorretamente. Dessa forma, na base de dados da Prefeitura de Várzea Grande, a matrícula da área em disputa foi substituída por outra sem qualquer ligação com o caso, gerando o entendimento de que a reivindicação do grupo é improcedente.

Posteriormente, o próprio Município corrigiu o equívoco em seu sistema, mas o laudo permaneceu sem alteração. “A Prefeitura de Várzea Grande identificou que o imóvel matriculado sob o nº 52.259 (inscrição 491121), encontrava-se com a sua localização equivocada no sistema cadastral. De fato, a referida matrícula estava sobreposta à matrícula de nº 108.879, de propriedade das requerentes”, demonstra trecho do pedido de impugnação.

Outro suposto erro relatado é a utilização de sistemas geodésicos diferentes. Segundo as companhias, isso gerou medições distintas, interferindo diretamente no resultado da avaliação. “É notório que houve o deslocamento de área e o nítido erro de metragem, tendo em vista que embora a área tenha aproximadamente 95 metros, no trabalho pericial realizado pelo expert, este fez constar informação errônea de que a frente da matrícula possui 110 metros”, expõem.

O grupo afirma ainda que o perito, após encerrar prematuramente o trabalho, dificultou a execução de uma fase complementar. De acordo com os proprietários da área, ele deixou de responder uma série de quesitos formulados pelas autoras, adotando como justificativa a existência das explicações no laudo pericial homologado, mas sem indicar a localização.

“Denota-se que a intenção do perito ao não indicar com precisão a página, o nº do ID, ou o número do quesito formulado pelo assistente técnico autoras, era exatamente em despistar sua atuação parcial e tendenciosa em beneficiar os requeridos, isto porque, ao se analisar o laudo pericial em busca das alegadas respostas, efetivamente não é possível encontrá-las, mesmo fazendo uma leitura completa”, apontam.

É questionado ainda o fato de o perito ter sido um dos investigados na Operação Polygonum e, mesmo assim, continuar atuando em um cargo que exige extrema confiança. A operação foi deflagrada, em 2018, para combater esquema que legitimava polígonos de desmatamentos criminosos em áreas rurais.

Conforme o Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), a organização fraudava o Sistema Mato-grossense dos Cadastros Ambientais Rurais (SIMCAR).

Comentários (2)

  • Robson Henrique Brugnoli  |  27/06/2024 05:05:50

    Essas pessoas eles inventa um contrato de compra e vendas de algum laranja e coloca no nome de outro laranja , e roubam os terrenos, essas casinha feitas aqui em vg , são tudo nessa modalidade , falo isso que eles fizeram isso em dois terreno do meu vizinho

  • Contribuinte varzeagrandense |  26/06/2024 16:04:07

    Essas prefeituras fazem muita coisa errada mesmo para prejudicar o contribuinte cobram sempre amais, os servidores passam maior parte do tempo trabalhando em causa própria

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