Economia Terça-Feira, 17 de Junho de 2025, 23h:36 | Atualizado:

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"Corte brusco" na margem de empréstimos eleva juros em MT

Categoria propõe uma redução escalonada do limite

Da Redação

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Correspondentes bancários que atuam em Mato Grosso defendem que a margem consignável disponível para o funcionalismo público seja reduzida de forma escalonada. De acordo com a categoria, um corte brusco, como proposto pelo Governo do Estado, pode fazer com que o servidor recorra a empréstimos com taxas de juros muito mais elevadas do que as que são praticadas atualmente.

“O que a gente não quer é que o servidor fique mais endividado. Da forma que foi feita essa proposta, o servidor vai acabar indo para um crédito mais caro, como CDC que chega a 6% ou 7%, dependendo do banco. O servidor vai sair de um crédito com taxas de 1,80%, 1,90%, 2% e vai tomar o crédito nos grandes bancos de varejo que detêm a folha de pagamento, com juros muito mais alto”, aponta Dieberg Paiva, um dos representantes dos correspondentes.

Na audiência pública realizada, nesta terça-feira (17), pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), os profissionais explicaram que o limite estabelecido hoje é de 60% do salário líquido, sendo 35% para empréstimos consignados, 15% para cartão de crédito e 10% para cartão benefício. Já a proposta enviada pelo Estado para apreciação dos deputados, e que já passou em primeira votação, é de redução da margem para 35%.

Por outro lado, a Associação dos Correspondentes e Promotoras de Crédito do Estado de Mato Grosso sugere uma diminuição gradual da margem em 5% ao ano, a partir de 2026, até atingir 45%, percentual praticado pelo Governo Federal. Conforme a entidade, a ideia é ajustar a regra com responsabilidade, sem causar impactos imediatos que possam prejudicar a vida financeira de quem depende desse tipo de operação.

Os correspondentes bancários, conhecidos como “corbans”, são profissionais responsáveis por fazer a intermediação das operações de crédito entre os servidores públicos e as instituições financeiras. Ainda segundo Dieberg Paiva, o que a categoria busca nesse momento é participar dos debates sobre o assunto e também trabalhar em conjunto com outras entidades para definir uma melhor proposta para todos.

“A gente quer dizer para os servidores que estamos juntos. Não queremos lesar ninguém. Não queremos atrapalhar a vida de ninguém. O que pudermos fazer juntos com o sindicato, vamos fazer. A nossa proposta está aberta para o debate e gostaríamos de trabalhar com o sindicato, com os servidores, para melhorar o que for possível. O que a gente não quer é que acabe, é que pare, como praticamente está hoje”, pontua.





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Comentários (6)

  • RODRIGO DIAS JUNIOR

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 10h31
  • Senhores(as) Precisamos resolver a questão dos Servidores que foram roubados e ainda com a RGA defazada, depois vamos resolver outras questões envolvendo terceiro. Uns do maiores problemas com os Consignados foi a defazegem do salario do servidor que ate hoje nao foi paga.
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  • Alcides Vasquez

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 10h13
  • Existe o Conde Drácula e existem os sócios dele: chamam-se correspondentes bancários. Os deputados devem se ater aos interesses dos servidores públicos, essa lamentação dos correspondentes é típica de quem vai parar de mamar na desgraça alheia. Se a proposta é escalonar, poderiam pensar em descredenciar essas empresas fantasmas e pensar em negociar com o banco oficial uma alternativa para tirar os servidores aposentados do superendividamento. Alguém está pensando neles?
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  • Maria

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 08h13
  • Piada pronta .. se fosse assim a taxa selic estaria baixa . Estão contradizendo o relatório do próprio banco central. Só em MT é diferente ?
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  • Contribuinte

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 07h45
  • Aumento de juros???? kkkkkk.... Se encarecer tem os agiotas de plantão que fazem mais barato....
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  • SERVIDORA PÚBLICA

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 07h35
  • O problema não foi a margem, e sim os golpes em cima de golpes no servidor público, os juros absurdos, e as diversas irregularidades encontradas.
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  • Paulo

    Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025, 00h54
  • 60% de margem, por isso esses urubus estão desesperados. Conheço colegas que se pudessem usar 100% do salário para empréstimos, assim fariam. Realmente precisa de um freio, 35% está bom demais, acho até muito.
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