Economia

Terça-Feira, 27 de Fevereiro de 2024, 10h40

OPERAÇÃO CERES

Empresário reclama de tornozeleira e Justiça o aconselha usar calça em Cuiabá

Dono de distribuidora alega que não consegue pagar funcionários devido bloqueio

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

O juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais, João Francisco Campos de Almeida, negou os pedidos de desbloqueio de bens, e retirada da tornozeleira eletrônica, feitos pelo empresário Leandro Queiroz Gontijo, alvo da operação “Ceres”. Ele foi flagrado em sua distribuidora em Cuiabá com R$ 1,3 milhão, em dinheiro vivo, guardados numa caixa térmica, e é suspeito de venda de bebidas “desviadas” da Ambev.

Em seu pedido, Leandro Gontijo alegou que está tendo dificuldades para manter os salários dos funcionários em dia. Também citou que, diante das dificuldades, teve que demitir o motorista do caminhão da distribuidora e ele mesmo está realizando a função, o que necessita se ausentar da comarca.

Em decisão do último dia 22 de fevereiro, o magistrado orientou o empresário, que reclamou de “sofrimento emocional” por uso da tornozeleira, a utilizar uma “vestimenta”, como uma calça, por exemplo, para esconder o dispositivo. “Assiste razão o Ministério Público, quando aduz que o monitoramento não tem o poder de constranger ou impedir o exercício de sua função laboral (empresário do ramo de bebidas), podendo ser evitada com uso de vestimentas que esconda o referido equipamento e de maneira correta, pelo prazo estipulado, pois se trata de investigações em curso”, orientou o magistrado.

Além de negar a retirada da tornozeleira, João Francisco Campos de Almeida também manteve o bloqueio de bens do empresário justificando que os valores restritos são “incompatíveis” com sua atividade econômica. “Como há indícios que sugerem que os valores bloqueados, são incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira presumida do requerente, é de se concluir que há fundamento para a sua apreensão judicial”, explicou o juiz.

OPERAÇÃO CERES

A Delegacia de Roubos e Furtos da Capital apurou que os desvios eram praticados por funcionários da Ambev e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante. A execução dos crimes contava com a participação de empregados que atuavam nas funções de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista, carregadores, entre outros.

O grupo envolvido desviava mercadorias que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração por parte do conferencista e do porteiro confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica. Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores.

Os lotes de cervejas seguiam, então, para os receptadores, um deles uma distribuidora localizada na Avenida Arquimedes Pereira Lima, no bairro Jardim Renascer, em Cuiabá. As investigações apontam um prejuízo de R$ 12,8 milhões somente entre 2021 e 2022.

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Comentários (4)

  • JOSEH |  29/02/2024 09:09:35

    Distribuidora novo ramo da facção.

  • Bruna Bidoia |  29/02/2024 04:04:18

    É fóda...

  • João  |  28/02/2024 08:08:52

    Empresário NÃO. É criminoso! PS: ANISTIA NÃO !!! Cadeia pra bolsonaristas golpistas Xandão. Eu autorizo kkkkkk

  • Anti-corrupção. |  27/02/2024 12:12:19

    Deveria usar uma em cada perna e em cada braço, além de uma coleira eletrônica. Esse vagabundo é laranja do CV do Jardim Itália. Sábado, ele, esposa, mãe e sogra. Tudo bandidos da pior espécie. Vende cerveja falsificadas em Goiânia.

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