Após investimentos de R$ 50 milhões, a graxaria da planta industrial da Marfrig, em Várzea Grande, iniciou suas atividades há três semanas, operando atualmente com cerca de 40% de sua capacidade. No local, serão produzidas diariamente aproximadamente 600 toneladas de materiais como farinha, utilizados na produção de rações para aves e suínos, e sebo, matéria prima para manufatura de cosméticos, materiais de higiene e até biocombustível.

De acordo com Renato Lopes, diretor jurídico da Marfrig, a empresa trabalha com a expectativa de que a graxaria opere com 100% da capacidade entre um a dois meses. Ele apontou que foram investidos R$ 50 milhões na modernização da mesma, para que ela funcionasse de acordo com as políticas e diretrizes de sustentabilidade do grupo.

A graxaria é o local onde são reaproveitados os materiais que sobram do processo de produção de carne no frigorífico, como ossos, sangue e vísceras. De acordo com a Marfrig, estes rejeitos eram vendidos para outras empresas, o que resultava no transporte dos mesmos para outros locais, resultando em mau cheiro para os moradores das proximidades, além de uma série de impactos provenientes deste deslocamento.

“Com a graxaria em operação, deixaremos de fazer 1,2 mil viagens de caminhão, o que impactará na emissão de gases na atmosfera, melhorará o tráfego viário nas proximidades, além de reduzir significativamente a deterioração de vias públicas e o risco de acidentes. O início do funcionamento também gera, de forma imediata, 60 empregos diretos, além de outros 180 indiretos, resultando além de uma injeção na economia, mais arrecadação para Várzea Grande”, afirmou Renato Lopes.

A Marfrig, líder global na produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, começou a operar, em maio, a graxaria localizada em sua planta industrial em Várzea Grande, no Mato Grosso.  A licença foi concedida pela SEMA (Secretaria de Estado do Meio Ambiente) depois de uma autorização judicial e após a Marfrig apresentar evidências técnicas e ambientais adequadas, e realizar testes nos equipamentos da instalação da graxaria, com a presença de técnicos da SEMA, do Ministério Público e de assistente técnico da parte autora da ação judicial.

Os resultados dos testes indicaram que o sistema de exaustão de gases da graxaria tem capacidade e eficácia para eliminar até 100% da presença de gases odoríferos resultantes do processo produtivo. Desta forma, o empreendimento não gera mau cheiro ou outro tipo de incômodo para a população. 

De acordo com Renato Lopes, são abatidos aproximadamente 2,1 mil bovinos diariamente na unidade de Várzea Grande. A empresa, que assumiu a planta industrial em 2019, já investiu cerca de R$ 300 milhões na unidade e possui, atualmente, 3,4 mil funcionários em todo o complexo.

Entre os investimentos feitos, segundo o diretor jurídico, está a estação de tratamento de efluentes. “Com a obtenção da licença e o início da operação da graxaria em Várzea Grande, a Marfrig reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e com a geração de emprego e renda para a comunidade local”, disse o diretor jurídico.

A Marfrig é uma das companhias líderes em carne bovina e maior produtora de hambúrguer no mundo, com receita líquida de 31,8 bilhões de reais no primeiro trimestre de 2023 e capacidade diária de abate de mais de 29.100 bovinos em suas unidades da América do Sul e América do Norte, bem como capacidade de produção de 222.000 toneladas de hambúrgueres por ano.

A empresa possui mais de 30.000 colaboradores, distribuídos em 31 unidades produtivas, processa e comercializa carne in natura, produtos processados, pratos prontos à base de carne bovina, produtos complementares e derivados de carne, além de couro para os mercados doméstico e internacional. Reconhecida pela qualidade de seus produtos e por sua atuação sustentável, a Marfrig mantém projetos pioneiros para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.