A 4ª Vara Cível de Sinop (501 Km de Cuiabá) autorizou o início do processo de recuperação judicial do grupo KLR, formado pela KLR Construtora, KLR Agronegócios e KLR Serviços do Agronegócio, que acumula dívidas de R$ 10,5 milhões.  Com sede em Sorriso (420 Km de Cuiabá), a organização conta que sofreu um calote de R$ 62 milhões de contratos fechados que não foram honrados.

O grupo foi fundado há seis anos pelo casal Eduardo Klasener e Naira Mendes Andrade Klasener para construção de armazéns e silos para empresas do agronegócio e chegou a ter mais de 2 mil funcionários. No entanto, a ausência de recebimento por parte de clientes levou a crise.

Explica que foi obrigado a demitir funcionários e fazer empréstimos. "A crise econômico-financeira decorre de uma combinação de fatores internos e externos, agravada de forma significativa no ano de 2023. Afirma que celebraram contratos que somaram aproximadamente R$ 72 milhões, mas apenas R$ 10 milhões foram eficientes, causando severo desequilíbrio no fluxo de caixa. Relatam que a acentuada inadimplência do setor comprometeu a saúde financeira das empresas, exigindo a adoção de medidas emergenciais, tais como a redução substancial da folha de pagamento", diz o trecho do processo.

Com o início do processo, a construtora tem 60 dias para apresentar seu plano de recuperação e administração será da empresa CM Administração Judicial e Pericias Ltda.. Durante 180 dias a organização não poderá sofrer cobranças na justiça das dívidas arroladas no processo de recuperação judicial (créditos concursais).