Sexta-Feira, 14 de Março de 2014, 12h20
IR e Bolsa Família reduzem desigualdade; outros impostos elevam, diz estudo
UOL
O Banco Mundial mediu o efeito dos impostos e das políticas de transferência de renda sobre a desigualdade econômica em países da América Latina.
Os pesquisadores notaram que, no Brasil, no Uruguai e no México, esses fatores têm gerado uma redução sensível das disparidades de renda, enquanto no Peru o impacto foi pequeno, e na Bolívia, nulo.
O estudo, intitulado “Social gains in the balance” (“Ganhos sociais na balança\'\', em tradução literal), constatou que a desigualdade no Brasil diminui quando são descontados da renda das pessoas os tributos diretos, como o Imposto de Renda, o IPTU e o IPVA, assim como quando são contabilizados os impactos dos programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.
Já os tributos indiretos (aqueles que são embutidos nos preços dos produtos, como o ICMS e o ISS) aumentam a desigualdade, mas não o bastante a ponto de reverter a redução provocada pelos impostos diretos e pela transferência de renda, segundo o Banco Mundial.
O trabalho mede a desigualdade econômica por meio do coeficiente de Gini, um indicador que varia de zero a um, em que zero significaria igualdade total e um seria uma situação de desigualdade extrema.
Foram definidos diferentes conceitos de renda e para cada um deles foi calculado o coeficiente de Gini, como inidica o gráfico mais abaixo.
Renda de mercado: é o rendimento bruto das famílias, antes da intervenção do Estado por meio de impostos diretos e de programas de transferência de renda. Quando se considera a renda de mercado da população, o índice de Gini no Brasil é de 0,579.
Renda líquida de mercado: é a renda de mercado menos os impostos diretos. Nesse caso, o coeficiente de Gini cai para 0,565. Isso ocorre porque o Imposto de Renda é progressivo, ou seja, os que ganham menos são isentos ou pagam menos. Os impostos diretos retiram parte do rendimento dos mais ricos, diminuindo a desigualdade.
Renda disponível: é a renda líquida de mercado mais o dinheiro recebido por programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. Quando esse valor é contabilizado, temos a maior queda da desigualdade, em que o coeficiente de Gini fica em 0,544.
Renda pós-fiscal: é a renda disponível menos os impostos indiretos. Os pesquisadores calcularam o peso de tributos como ICMS e ISS na renda das famílias de diversos estratos sociais. Como os pobres são mais afetados do que os ricos por esse tipo de tributação, o coeficiente de Gini teve ligeira alta nesse cenário, para 0,546.
Justiça cita abuso do Procon Cuiabá e anula multa imposta a sindicato
Domingo, 03.08.2025 08h06
Turismo de MT ganha vitrine internacional com promoção de atrativos
Sábado, 02.08.2025 16h16
MT lidera saldo da balança comercial brasileira no 1º semestre de 2025
Sábado, 02.08.2025 10h09
Posto que vendeu álcool a preço abusivo em MT tera´que pagar R$ 245 mil
Sábado, 02.08.2025 09h25
Seaf abre licitação para serviço de transferência de embriões bovinos
Sábado, 02.08.2025 08h58