Economia

Terça-Feira, 04 de Julho de 2023, 23h20

FIADO E QUEBRADEIRA

Justiça decreta falência de supermercado após calote de clientes em MT

Empresa também alegou que concorrentes abaixaram preços de produtos

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A 4ª Vara Cível de Rondonópolis (216 Km de Cuiabá) decretou a falência do Supermercado Cascalinho, localizado no município. A organização movia um processo de recuperação judicial desde o ano de 2019, contabilizando dívidas de R$ 2,8 milhões. 

De acordo com um despacho do dia 30 de junho de 2023, o supermercado chegou a apresentar e colocar em prática um plano de recuperação judicial, porém, os credores denunciaram que ele não vinha sendo seguido. Posteriormente nos autos, o próprio estabelecimento comercial pediu que a Justiça convolasse a recuperação em sua falência.

O Poder Judiciário acatou a solicitação. “O processo de recuperação judicial só tem razão de existir enquanto as recuperandas possuem viabilidade e condições de soerguimento. E tal cenário, lamentavelmente, não mais existe nestes autos – o que leva à consequente convolação da recuperação judicial, diante das afirmações tecidas pelas recuperandas”, diz trecho do despacho.

Com a decretação de falência, suspende-se, novamente, processos de cobrança contra a organização com exceção daqueles que ainda precisam apurar o valor do débito. Dívidas trabalhistas serão processadas na Justiça do Trabalho.

De acordo com o processo, o Supermercado Cascalhinho (NR Supermercados) reclama que sofreu uma grande concorrência que a fez operar no “vermelho”, a partir de 2018, com a abertura de um “novo supermercado”. “Em 2018, a abertura de um novo supermercado, anunciando ofertas e promoções com valores muito abaixo do preço de custo dos produtos, acirrou ainda mais a concorrência entre os mercados da cidade, que passaram a abaixar de forma drástica seus preços e consequentemente sua lucratividade. A NR Supermecados Ltda-Me se viu a obrigada a entrar nesta competição pelos clientes, baixando seus preços, porém, não de forma tão agressiva quanto seus concorrentes”, diz trecho do processo.

O Supermercado Cascalinho também reclama da inadimplência dos clientes, atingidos por uma suposta “crise”. “Com a crise afetando principalmente a faixa econômica dos clientes da NR, a empresa passou a enfrentar queda nas vendas e inadimplência de clientes, ficando cada vez mais difícil a quitação de suas obrigações. Assim, diante deste cenário de crise e contratos bancários com juros e penalidades abusivas, as empesas vêm enfrentando dificuldades de cumprir seus prazos de pagamentos”, reclama a organização.

No mesmo local do estabelecimento, informa o processo, funcionava o Supermercado Real, aberto ainda na década de 1980 e que encerrou suas atividades posteriormente.

Comentários (7)

  • Rondopolitana  |  06/07/2023 18:06:36

    E quem aluga faz contratos ou compra e não assume nada depois, Parcela e paga, raça infame,

  • aos maus pagados  |  06/07/2023 18:06:26

    Tem uns que vem pedir emprestado e depois some e ainda quer o nome limpo, tem que ficar com o nome sujo até pagar é o mínimo, se presta assuma seus compromissos

  • cobrador  |  06/07/2023 18:06:07

    se os mercados vendem somente no cartão estão muito certos Ter que implorar milhões de vezes para receber, e ficar ouvindo milhões de desculpas desses mal caráter, depois vira só despesas

  • Heitor VP Filho |  05/07/2023 16:04:54

    Ué, supermercado de porte, da cidade, faz fiado para consumidores ? Que eu saiba eles aceitam cartões de débito e crédito, garantidos pelas financeiras e bandeiras.

  • AGORA QUANDO! |  05/07/2023 10:10:13

    Vou entrar em RJ também, sofro muitos calotes dados pelos "Governos".

  • Cuiabano |  05/07/2023 09:09:30

    Muitas empresas quebram por calotes mesmo tem muitas coloteiras e caloteiros pra todo lado, odo lado, aproveitadores, e ainda não gostam que cobra até ameaçam, isso é roubo, Ladróes e ladronas

  • Auxiliadora |  05/07/2023 09:09:07

    Empresas que vendem nos boletos, muito calote pessoal corre das dividas, sem consciencia de que o fornecedor tem compromissos com funcionários, aluguel, impostos, muitos pedem fiado para não pagar mesmo

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