Terça-Feira, 22 de Abril de 2025, 23h51
CHEIRO DE GOLPE
Justiça determina devassa em grupo antes de decidir RJ de R$ 2,2 bi em MT
Magistrada alega que medida é para proteger credores
Da Redação
A juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Cível de Sinop, decidiu nesta terça-feira (22) adiar o deferimento do pedido de recuperação judicial apresentado pelo Grupo Safras, que acumula cerca de R$ 2,2 bilhões em dívidas. A magistrada determinou a realização de uma constatação prévia, para verificar se as informações contábeis, fiscais e operacionais fornecidas pelas requerentes são verídicas e compatíveis com a realidade empresarial dos envolvidos.
Esta é a 4ª vez que a Justiça possibilita à empresa apresentar os documentos necessários para a RJ. A decisão foi tomada no processo de tutela cautelar, movido pelas empresas Safras Indústria e Comércio de Biocombustíveis Ltda., Copagri Comercial Paranaense Agrícola Ltda. e Safras Armazéns Gerais Ltda., que buscam o reconhecimento formal de sua situação de crise financeira e a instauração do procedimento de recuperação judicial.
Entretanto, segundo a juíza, o processo ainda se encontra em fase preparatória, o que impede qualquer deliberação sobre tutelas de urgência ou manifestações de credores. Essa medida adotada pela 4ª Vara Cível de Sinop foi adotada diante de graves inconsistências documentais, fragilidades econômicas, e suspeitas de simulação societária e manipulação do processo recuperacional.
Como medida técnica, foi nomeada a empresa AJ1 Administração Judicial, que atuará por meio de seu representante legal, o administrador judicial Ricardo Ferreira de Andrade. A empresa terá prazo de cinco dias corridos para apresentar um laudo sobre a regularidade dos documentos e da atividade empresarial das requerentes.
A remuneração provisória pelos serviços foi fixada em R$ 45 mil, a ser paga pelas próprias empresas. Segundo a decisão, caberá à empresa nomeada avaliar se os documentos contábeis estão de acordo com a legislação, verificar a existência e funcionamento efetivo das empresas, conferir os dados fiscais junto a prefeituras e instituições financeiras, e analisar se os bens declarados como “essenciais” à atividade produtiva realmente possuem esse caráter.
Também será averiguada a competência do juízo de Sinop para processar o caso e a eventual viabilidade da consolidação judicial entre os diversos entes do grupo empresarial. A decisão também aponta que, embora as empresas tenham apresentado uma emenda à petição inicial com nova documentação, diversas exigências judiciais anteriores ainda não foram cumpridas.
Entre os pontos pendentes estão a ausência de assinatura de contador em balanços patrimoniais, projeções financeiras com valores zerados, e falta de comprovação de passivos fiscais municipais e estaduais de várias empresas e empresários vinculados ao grupo. “Antes da instauração formal da recuperação judicial, é essencial garantir a completude e a veracidade dos dados apresentados. A constatação prévia é o instrumento adequado para proteger a boa-fé processual e os interesses dos credores”, destacou a magistrada no despacho.
Com o adiamento do deferimento e a pendência da constatação, o Grupo Safras ainda não obteve o status de empresa em recuperação judicial. Até lá, o juízo seguirá avaliando a regularidade formal e material da documentação apresentada.
... | 23/04/2025 19:07:40
se mais peritos e administradores trabalhassem bem não precisava ser sempre a AJ1
Figura repetida | 23/04/2025 07:07:58
Essa AJ1 está em todas as gigantes. Parece que só tem eles. Parecer favorável, podem garantir.
Produtor Sorriso | 23/04/2025 07:07:16
Esse é o problema das RJ's. Algumas empresas de fato precisam, com a RJ se reestruturam, se salvam e salvam empregos, impostos e muito mais. Mas não é a regra. A regra é de empresários incompetentes, ladrões, desonestos que fazem um monte de trambique, desviam dinheiro das empresas e correm para a RJ com advogados ganhando milhões, um judiciário desonesto e transferem o prejuÃzo da safadeza para os fornecedores e financiadores. Se a justiça tivesse um mÃnimo de vergonha as RJs não seriam um problema.
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