Economia

Sexta-Feira, 03 de Dezembro de 2021, 16h00

DÍVIDAS DE R$ 1,8 MILHÃO

Justiça homologa plano de recuperação judicial de franquia de livraria em Cuiabá

Franquia da livraria Nobel em Cuiabá entrou com pedido de recuperação judicial no ano de 2015

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A juíza da 1ª Vara Cível de Falência de Cuiabá, Anglizey Solivan de Oliveira, homologou o plano de recuperação judicial da antiga franquia da Livraria Nobel (Grupo Primeiras Linhas), em Cuiabá. A organização ingressou com sua ação de recuperação no ano de 2015, revelando uma dívida de R$ 1,8 milhão.

Com a homologação do plano pela juíza, no último dia 1º de dezembro, os credores da livraria – editoras, bancos, trabalhadores etc -, devem retirar o nome do Grupo Primeiras Linhas, da qual a franquia faz parte, de listas de proteção ao crédito, sob a condição de cumprimento das obrigações por parte da organização em crise.

“A baixa dos protestos e retirada do nome da recuperanda dos cadastros de inadimplentes, por débitos sujeitos ao plano homologado, deve conter a ressalva expressa de que tal providência será adotada sob a condição resolutiva de que a devedora deve cumprir todas as obrigações previstas no referido plano”, determinou a juíza.

De acordo com informações do processo, o grupo empresarial do setor editorial se formou após a junção das empresas Zastras/Vila Sésamo, especializada em brinquedos educativos para crianças, a Livraria Nobel, e a própria Primeiras Linhas Comércio Varejista de Livros, formando o grupo Primeiras Linhas.

“Após a análise de mercado, observando a carência do mercado cuiabano no segmento, optaram pelo sistema de franquias, contratando então, ainda em setembro/2011 a franquia de brinquedos educativos Zastras/Vila Sésamo e posteriormente a franquia da Livraria e Papelaria Nobel, formando o Grupo Primeiras Linhas”, diz trecho do processo.

A organização, porém, reclama que foi vítima da crise no mercado editorial e de brinquedos, e queixa-se que a falta de crédito na praça a impossibilitou de adquirir mercadorias de reposição.

“O faturamento passou a despencar em decorrência até mesmo da retração vivida pelo mercado brasileiro, especialmente para as requerentes que comercializam livros, brinquedos e etc., que são os primeiros gastos cortados pelo consumidor por não se tratarem de itens essenciais ao seu sustento, aliando ainda na cobranças de altas taxas e juros, e inclusão das requerentes nos órgãos de restrição ao crédito, que as impossibilitam de adquirir mercadorias para reposição”, conta a empresa nos autos.

A Livraria Nobel fechou as portas em Cuiabá no ano de 2017.

 

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