Sábado, 17 de Maio de 2025, 21h59
OPERAÇÃO BARRIL VAZIO
MP revela elo entre multinacional dos EUA e empresa em VG
Conversas em Whats expuseram relação suspeita
BRENDA CLOSS
Da Redação
Trechos da denúncia no âmbito da Operação Barril Vazio revelam que a Chemium International Corporation, empresa norte-americana sediada no Texas, foi peça fundamental no esquema de fraudes da NEOVG/EGCEL e da Copape Produtos de Petróleo Ltda. Mensagens de WhatsApp apreendidas mostram que o representante da Chemium, Thomas Holzmann, negociava diretamente com Clayton Hyginho de Miranda, acusado de ser o "operador logístico" do grupo criminoso que desviou R$ 500 milhões em Mato Grosso.
Com sede em Houston, no Texas (EUA), a Chemium International Corporation, é fornecedora global de nafta e aromáticos para refinarias. A empresa não está formalmente acusada, mas as conversas a colocam como facilitadora involuntária (ou conivente) do esquema.
As investigações do Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) comprovaram que Clayton Miranda intermediou a compra de nafta e aromáticos da Chemium tanto para a Copape, quanto para a NEOVG/EGCEL (MT) – empresas que sempre negaram ter ligação. A Copape também é investigada por fraudes no setor de combustíveis no Estado de São Paulo.
Em 23 de março de 2022, Holzmann enviou áudios a Clayton tratando de fornecimento de nafta para a Copape. Em 7 de janeiro de 2023, Clayton pediu à Chemium 10 mil m³/mês de nafta para a NEOVG, com possibilidade de ampliar para 20 mil m³/mês – volume que revela a escala industrial do esquema.
As empresas sempre alegaram que não tinham relações comerciais, mas as mensagens mostram que Clayton atuava para ambas simultaneamente, provando que COPAPE e NEOVG são o mesmo grupo criminoso. Documentos e transferências bancárias eram compartilhados entre as empresas.
A Chemium não verificou a legitimidade das operações, facilitando lavagem de dinheiro via importações superfaturadas. “Fica evidente que NEOVG/EGCEL e COPAPE possuem conexões financeiras, operacionais e administrativas. A partilha de documentos, o intercâmbio de profissionais, as transferências bancárias sem justificativa plausível e as tratativas sobre a importação e comercialização de combustíveis importados são provas claras de que ambas as empresas operam de maneira interligada, adotando estratégias comuns para expandir suas atividades, muitas vezes à margem da legalidade”, afirma o MP.
A investigação revela movimentações financeiras suspeitas envolvendo Alexandre Wonhrath da Gama – que ocupava simultaneamente cargos de comando em várias empresas envolvidas, sendo identificado como presidente da EGCEL/NEOVG, sócio-administrador da Maiori Participações Ltda. e diretor da YTAP Participações S/A, e a empresa EXXBIL Tamborados do Brasil. A empresa EXXBIL, com faturamento limitado, realizou repasses milionários para Alexandre, levantando suspeitas de ocultação da origem dos recursos do esquema.
A EXXBIL também realizou transferências para outras empresas ligadas ao esquema, o que reforça as suspeitas de lavagem de dinheiro. "Conforme apontado nos autos, esse montante levanta sérios questionamentos, pois, conforme dados cadastrais, a EXXBIL estava formalmente registrada como microempresa (ME), categoria empresarial cujas receitas brutas não poderiam ultrapassar o limite de R$ 360 mil anuais", aponta a denúncia.
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