Sábado, 03 de Maio de 2025, 09h07
PLEITO CONTURBADO
MP reconhece ilegalidade em eleição da FMF
Da Redação
A Comissão Eleitoral do pleito da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) acolheu a um pedido do Ministério Público de Mato Grosso, e determinou que a Associação Atlética Camponovense de Futebol – AACF não vote na eleição que ocorre neste sábado (3).
A comissão alega que recebeu a noticia-crime e manifestação do MP, apontando possível irregularidade/crime no custeio de encargos da AACF por terceiro – especificamente, pelo presidente da Chapa “Federação para Todos”. De acordo com o comitê eleitoral, foi determinado a manifestação da chapa “Federação para todos”, presidida por Dorileo, porém a chapa preferiu ficar em silêncio e não se manifestar.
“Diante disso, o Comitê delibera por desconsiderar a tentativa de regularização da AACF pelo Candidato a Presidente da chapa Federação para Todos, e não pela própria instituição, excluindo-a do Colégio Eleitoral, em razão dos fortes indícios de práticas, no mínimo, antiéticas”, diz a comissão.
O caso
O MP acolheu uma notícia-crime protocolada pela chapa “Progresso no Futebol”, encabeçada por Aron Dresch, e determinou a abertura de investigação contra João Dorileo Leal por suposta prática de corrupção privada no esporte. A apuração está a cargo das Promotorias Criminais da Capital e se baseia em indícios de que o candidato da chapa “Federação para Todos” teria quitado dívida de clube filiado à FMF com recursos próprios para influenciar o voto na eleição da entidade.
Segundo a representação apresentada por Dresch, Dorileo teria usado uma empresa de sua propriedade, a Agropecuária Lago do Sol – Eireli, para pagar R$ 4 mil em débitos do Clube Associação Camponovense de Futebol (ACCF) junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A regularização permitiria ao clube integrar o colégio eleitoral da FMF, com direito a voto na eleição marcada para este sábado (3).
O pagamento configura abuso de poder econômico e coação do voto, conduta prevista no artigo 165 da Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), que trata da corrupção privada no ambiente esportivo. A solicitação de inclusão do clube no colégio eleitoral, ainda conforme a denúncia, não foi feita pelo próprio ACCF, mas sim por um advogado ligado à chapa de Dorileo.
Em despacho emitido pela 31ª Promotoria de Justiça Criminal, o promotor Kledson Dionysio de Oliveira reconheceu a existência de elementos suficientes para justificar a investigação, embora tenha indeferido o pedido de medida cautelar que buscava impedir Dorileo de manter contato com dirigentes de clubes até o fim do processo eleitoral. O promotor destacou que o clube envolvido (ACCF) foi excluído do colégio eleitoral por decisão da Comissão Eleitoral da FMF, o que minimiza o risco imediato de favorecimento.
O caso também foi encaminhado à 26ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá, responsável por outro inquérito que apura eventuais irregularidades na gestão e no processo eleitoral da FMF.
A eleição que definirá a nova diretoria da Federação acontece neste sábado (3), às 9h, na sede da entidade, em Cuiabá. O pleito é conduzido pelo Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), com independência da atual diretoria.
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