Esporte

Sábado, 22 de Março de 2014, 10h30

BARÃO VENCE

MPE arquiva denúncia para abrir \"caixa preta\" do futebol de MT

Gazeta

Ilustração

 

O promotor público Ezequiel Borges mandou arquivar a ação movida pelo torcedor Roniclei dos Santos contra o presidente licencidado da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione. A 6ª promotoria cível de Cuiabá não encontrou elementos jurídicos para abrir um inquérito investigatório sobre os negócios feitos pelo dirigente a frente da federação.

No processo protocolado em janeiro, Santos, que é torcedor do Cuiabá Esporte Clube, acusa o dirigente de omitir informações sobre os contratos firmados entre a entidade e empresas privadas como a TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso, pela transmissão dos jogos do Cam-peonato Mato-grossense e a Chevrolet, hoje na condição de patrocinadora master do torneio. No documento, o torcedor denunciava uma suposta apropriação por parte de Orione de dois veículos que seriam entregues aos finalistas do Estadual do ano passado. No caso, ao Cuiabá, campeão e Mixto, vice.

Além disso, Roniclei cita uma suposta subvalorização da venda do estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, em 2011 para a prefeitura de Cuiabá. O negócio, na época, teria sido fechado em torno de R$ 3 millhões.

Intimidado a prestar esclarecimentos das acusações, Carlos Orione enviou no dia 10 de fevereiro todos os contratados com a emissora de televisão, com a montadora de veículos e documentos que comprovam a negociação entre federação e prefeitura da capital mato-grossense.

Para fundamentar bem a sua defesa, Orione teria tido a ajuda da assessoria jurídica da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e mais dois advogados de Cuiabá.

O documento protocolado no Ministério Público Estadual (MPE) no início de janeiro é idêntico ao elaborado por alguns presidentes de clubes. Na ocasião, dirigentes do Luverdense, União, Mixto, Cuiabá e Cacerense cobravam informações dos contratos envolvidos a FMF e suas parceiras como TV Centro América e Chevrolet. Durante todo o andamento do processo no Ministério Público Estadual (MPE), Orione deixou a presidência da entidade de forma interina para um de seus quatro vice, Luiz Wellington, presidente da Liga Municipal de Barra do Garças.

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