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Domingo, 18 de Maio de 2025, 08h00

ASQUEROSO

Bilionário teria coagido funcionários a fazer orgias e sexo a 3

EXTRA

 

Um bilionário suíço radicado nos EUA está sendo acusado por um casal, que era funcionário de uma vinícola dele, de coação para participação em orgias e sexo a três com ele.

Na denúncia que chegou a tribunal de San Luis Obispo (Califórnia, EUA), Hansjorg Wyss, de 89 anos, também teria exposto a sua genitália para Madison Busby, de 30, e a "apalpado descaradamente" e feito vários outros avanços sexuais indesejados.

Madison conta no processo que conheceu Wyss em 2019, quando Bryce Mullins, que já trabalhava para o bilionário a levou para conhecê-lo. Bryce trabalhava no Halter Ranch, em Paso Robles (Califórnia), como gerente geral e morava na propriedade.

Nesse primeiro encontro, afirma Madison, o magnata, nascido em 1935 em Berna, "deliberadamente colocou a mão na bunda dela e a apalpou".

"O Sr. Wyss então contou ao Sr. Mullins, na presença da Sra. Busby, como o bumbum da Sra. Busby ficava bem no vestido que ela usava", alega o processo. "Algumas noites depois, o Sr. Wyss sugeriu à Sra. Busby que ela usasse o mesmo vestido novamente porque ficava sexy nela", acrescenta o documento.

O processo afirma que Wyss "fez várias propostas sexuais" em reuniões subsequentes, mas Madison não quis se manifestar na época porque não queria comprometer a posição de Bryce na empresa.

O relacionamento de Madison e Bryce se tornou mais sério. Os dois se casaram e ela se mudou para a propriedade de Wyss com ele em 2021, passando também a trabalhar na vinícola como gerente de projetos. Apesar das investidas, ela aceitou o trabalho, contou reportagem no "Daily Mail". O suíço é descrito pela "Forbes" como "uma das pessoas mais filantrópicas do mundo".

Madison relata que Wyss ficava na casa com eles sempre que visitava a propriedade. Em várias ocasiões, o bilionário chegou a se despir na frente do casal e os convidou a tirarem as roupas também, segundo declaração de Madison.

Durante anos, a funcionária afirmou que Wyss continuou a fazer investidas sexuais contra ela, tanto sozinha quanto na frente de Bryce.

"O Sr. Wyss disse à Sra. Busby o quanto gostava de fazer sexo a três, mesmo com outro homem", destaca o processo. "Ele até sugeriu um 'quarteto' e afirmou que seria 'divertido' para os três e outra mulher chamada Lori", emenda.

Wyss também teria contado a Madison sobre suas próprias experiências sexuais, incluindo vários casos extraconjugais e até mesmo uma história sobre ele e Lori terem conhecido um homem num cinema na Suíça, iniciado sexo oral com ele e depois feito sexo a três no apartamento de Lori. O magnata costumava mostrar fotos de Lori usando lingerie à funcionária.

Ele chegou a questionar o casal sobre suas preferências sexuais, segundo o processo, e numa viagem de negócios em janeiro de 2021 — logo após Madison se juntar à equipe da vinícola — ele também teria sugerido: "Se Bryce não estiver se comportando, você pode se juntar a mim na cama".

À Justiça, Madison alega ter ficado em silêncio por vários anos para proteger a carreira dela e a do marido.

Porém, como rechaçavam as investidas de Wyss, os dois começaram a ser "perseguidos" pelo patrão, que tem fortuna avaliada em US$ 4,8 bilhões (R$ 27 bilhões) e é grande doador do Partido Democrata e já esteve interessado na compra do clube de futebol inglês Chelsea.

Depois que tiveram um bebê, Madison e Bryce se mudaram para uma cana menor na propriedade de Paso Robles. Nesse momento, porém, Madison afirma que Wyss começou a exigir que eles pagassem US$ 1.650 (cerca de R$ 9,3 mil) de aluguel — embora o inquilino anterior pagasse apenas US$ 300 (R$ 1,7 mil) por mês e eles estivessem morando na casa maior sem pagar nada.

Quando Madion retornou da licença-maternidade em 2023, ela alega que Wyss disse a ela e ao marido que ambos estavam recebendo salários excessivos. Então, a funcionária decidiu reduzir voluntariamente seu salário de US$ 75 mil para US$ 65 mil "com medo de mais retaliações", enquanto buscava tratamento para ansiedade e estresse.

Madison finalmente decidiu se demitir em julho de 2024, enviando uma queixa formal à empresa, denunciando o "comportamento inadequado e a má conduta" que Wyss infligiu a ela e ao marido, que também deixou a vinícola.

"Madison sofreu graves dificuldades devido ao assédio que ocorreu ao longo de muitos anos, bem como à perda de salários e danos futuros", disse seu advogado, John Ly, em um comunicado. "Ela foi imensamente prejudicada", completou ele.

O valor pedido na indenização não foi revelado.

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