Quarta-Feira, 16 de Abril de 2014, 13h43
Egito teve 250 casos de estupro em 3 meses, afirmam ONG\'s
Terra
A violência sexual contra as mulheres continua a ser um flagelo no Egito, onde centenas foram abusadas desde 2011, especialmente durante manifestações, sem que os responsáveis por esses atos tenham sido processados , de acordo com um relatório de ONGs divulgado nesta quarta-feira.
\"Os seguidos governos egípcios não combateram a violência contra as mulheres, e isso tem implicações importantes para a (sua) participação na transição política do país\", ressalta este relatório das organizações de defesa dos direitos Humanos.
Numerosos ataques sexuais foram registrados durante os protestos que marcaram a revolta que derrubou Hosni Mubarak há três anos, sob o regime militar que assegurou a transição, e depois sob a presidência do islamita Mohamed Mursi, destituído pelo Exército no dia 3 de julho.
Entre novembro de 2012 e janeiro de 2014, 250 casos foram relatados, incluindo uma grande parte nos arredores da Praça Tahrir, no Cairo, local emblemático das revoltas anti-Mubarak e anti-Mursi, segundo o relatório.
\"As sobreviventes e testemunhas relataram o mesmo tipo de abordagem: dezenas de homens cercam (as vítimas), rasgam suas roupas e apalpam seus corpos\".
\"Algumas foram estupradas por vários agressores, muitas vezes armados com paus, pás e outras armas\".
\"No entanto, até março de 2014, nenhum dos criminosos foi levado perante a justiça\", denunciam as organizações, incluindo a Federação Internacional para os Direitos Humanos (FIDH).
O relatório inclui o testemunho de várias vítimas.
\"Os homens agiram como leões sobre um pedaço de carne, suas mãos estavam por todo o meu corpo e sob minhas roupas rasgadas\", disse uma delas, agredida durante uma manifestação em junho de 2012.
\"Vários homens me estupraram ao mesmo tempo. De repente, eu estava no chão e os homens puxavam meu cabelo, pernas e braços que continuam a me estuprar\", acrescenta ela.
As organizações de defesa dos direitos Humanos acusam as autoridades militares no poder de não realizar uma investigação para perseguir os agressores, sejam \"atores estatais ou civis\".
\"Medidas (...) são requisitadas para proteger e promover o direito das mulheres a viver sem violência\" e \"a participar na construção do futuro do Egito\", insistiu o diretor executivo da Nazra for Feminist Studies, Mozn Hassan.
Operação da PF contra Bolsonaro sela destino de Eduardo
Sábado, 19.07.2025 09h00
Senadores protocolam pedido de impeachment contra Cármen Lúcia
Sábado, 19.07.2025 08h00
Dudu é condenado a seis jogos de suspensão e multa do STJD por misoginia contra Leila Pereira
Sábado, 19.07.2025 03h00
Influenciador causa polêmica após jogar filho de 7 anos de penhasco
Sábado, 19.07.2025 02h00
Jovem atacado por três pitbulls tem orelha dilacerada e artéria rompida
Sábado, 19.07.2025 01h00