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Domingo, 08 de Junho de 2025, 20h00

PESQUISA QUAEST

Eleitores de Bolsonaro têm mais dívidas que os de Lula; veja

Dos bolsonaristas, 37% estão endividados enquanto entre os lulistas são 29%

UOL

 

Pesquisa Genial/Quaest aponta que 65% dos brasileiros com 16 anos ou mais estão endividados, sendo que 32% afirmam que elas são muitas e 33% dizem que são poucas. O estudo, que tem margem de erro de dois pontos e 95% de confiança, mostrou ainda que 37% dos que dizem ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno de 2022 estão bem endividados, enquanto essa é a situação de 29% dos que foram com Lula.

Entre os que se reconhecem lulistas ou petistas, 32% dizem ter muitas dívidas, ao passo que essa é a situação de 38% dos que se afirmam bolsonaristas. Já aqueles que se colocam mais à esquerda, mas não se enquadram como lulistas ou petistas, 21% afirmam ter muitas dívidas. Entre os que se colocam mais à direita, mas rejeitam o bolsonarista, 39% afirmam estarem bem endividados.

Dos beneficiários do Bolsa Família, 72% tem algum nível de endividamento (muito ou pouco), frente os 63% que não são beneficiários.

Quando analisado por faixa etária, os adultos entre 35 e 59 anos são os mais pressionados, com 71% declarando endividamento, contra 63% de quem tem entre 16 e 34 anos e 53% entre pessoas com 60 anos ou mais.

Enquanto 69% das famílias que ganham até dois salários mínimos, ou sejam na camada mais pobre, estão com dívidas, esse percentual cai para 57% entre quem recebe mais de cinco salários por mês. Pessoas com ensino fundamental têm níveis similares aos de quem possui ensino superior quando se trata de muitas dívidas, 32%.

Dos católicos, 37% apontam não ter dívidas, frente a 31% dos evangélicos que estão na mesma condição.

A situação, claro, se traduz na aprovação do governo: 38% dos que não tem dívidas aprovam o governo Lula diante dos 31% desse grupo que o desaprovam. Enquanto isso, 37% dos que tem muitas dívidas desaprovam o governo, mas apenas 26% nessa condição o aprovam.

Regionalmente, o Nordeste apresenta o maior número de pessoas com muitas dívidas (34%), enquanto o Sul tem o menor (25%).

Estratégias para lidar com as dívidas

Entre os endividados, as principais estratégias para enfrentar o problema são: fazer bicos (28%), realizar horas extras (26%), cortar despesas (21%) e tomar novos empréstimos bancários (3%). Entre as opções que tiveram 1% estão buscar um empréstimo consignado (o governo lançou novo programa para oferecer crédito mais barato para a troca de dívida), tomar um novo empréstimo com parentes e vender bens.

Chama atenção que 1% dos entrevistados também admitiu tentar apostas como solução.

Entre os jovens de 16 a 34 anos, fazer bicos (31%) e horas extras (34%) são as alternativas mais comuns, já os idosos preferem cortar despesas (29%) e fazer bicos (26%).

Há uma relação entre classe social e as saídas para resolver dívidas. Fazer bicos também é a preferência para quem tem até o ensino fundamental (33%) e hora extra (31%) junto aos que têm ensino superior. Trabalhos pontuais são a opção de 36% dos que recebem o Bolsa Família, enquanto os que não são beneficiários preferem hora extra (28%).

Numericamente, bicos também são a estratégia mais escolhida entre eleitores de Lula (29%), enquanto hora extra é a dos que escolheram Bolsonaro (30%), mas, na prática, é um empate técnico.

Tipos de dívidas dos brasileiros

O cartão de crédito atrasado lidera como a dívida mais frequente (37% dos casos), seguido por empréstimos (15%), prestação de imóvel ou aluguel atrasado (11%), prestação de loja e carnê atrasado (9%), contas da casa (6%), prestação de veículos atrasada (4%), mensalidades escolares atrasadas e cheque especial atrasado (2%) e plano de saúde atrasado (1%).

Entre os endividados, 42% das mulheres apontam o cartão de crédito como o maior problema frente a 34% dos homens. Já entre os jovens, o cartão de crédito representa 44% das dívidas, enquanto entre idosos os empréstimos ganham maior relevância (24%). Eleitores de Lula tem 39% de atraso no cartão, enquanto 34% dos que votaram em Bolsonaro estão na mesma situação.

 

Comentários (1)

  • Carlos Nunes |  08/06/2025 20:08:21

    Pois é, a explicação desse fenômeno é que tio Lula aconselhou: se for no Supermercado e o produto estiver caro... NÃO COMPRE. Os lulistas seguem o líder. Bolsonarista não seguem esse conselho. Aliás muitos artistas tão sem público, porque quem assistia os shows eram Bolsonaristas. Foi só o artista começar a meter o pau no Bolsonaro, quem ninguém foi mais aos shows. Muitos shows foram cancelados. Ninguém vai mais. Não se deve misturar Arte com Pol8tica. Justiça com Política...tio BARROSO, num discurso político inflamado na UNE, disse: nós derrotamos o Bolsonarismo. Fica parecendo que, com tio Barroso, Bolsonaro e a Direita tão é FERRADOS. Perseguidos e depois condenados. Também tio XANDÃO num discurso, disse: é preciso combater a Extrema Direita. Nem Bolsonaro nem a turma da Direita escaparão da perseguição e da condenação. É o tipo de Julgamento que a gente já sabe do resultado...TODOS SERÃO CONDENADOS. Todos os argumentos da defesa, serão ignorados, a sentença já foi decidida. É preciso combater a Extrema Direita, foi o que disse tio XANDÃO.

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