Um ex-policial irlandês foi condenado após se passar por uma colega de profissão na internet e incitar outros homens a estuprá-la. A vítima descreveu a situação como um “ato de violência calculado e predatório”. A sentença contra Shane Flanagan, de 39 anos, será proferida em julho.

Ele se passou pela mulher num site especializado em fetiches e no Facebook, com a intenção de atrair homens para a casa dela e a estuprar. A vítima, que não teve o nome divulgado, mora com as duas filhas adolescentes.

O reú se declarou culpado por colocar em risco a mulher e as filhas por meio de suas comunicações online, além de ter admitido a posse de quatro imagens de material de abuso sexual infantil.

Os crimes aconteceram entre novembro e dezembro de 2020, época em que a vítima o considerava "um amigo", segundo testemunhou.

"Se você me desse uma lista com 500 nomes de pessoas que poderiam ter feito isso comigo, eu jamais imaginaria que fosse ele", disse.

O condenado renunciou à força policial em março deste ano.

Além de conversar com os homens fingindo ser a vítima, ele chegou a enviá-los imagens do Google Maps da casa dela e do trajeto que ela fazia ao correr à noite.

Nas conversas, Shane falava com os homens sobre seu interesse por canibalismo e em ser decapitado, enquanto se passava pela vítima. Segundo a RTE, ele discutia "cenários de canibalismo" relacionados ao abate e “cozimento” das filhas dela e a vontade de dar comprimidos para dormir às adolescentes.

Nos dispositivos digitais de Shane, foram encontradas quase 700 imagens da mulher, além de 219 imagens alteradas digitalmente, nas quais ela "aparecia amordaçada, amarrada, nua ou em cenas que a retratavam prestes a ser cozida".

Os homens afirmaram acreditar plenamente que a mulher tinha consentido o "estupro".