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Quinta-Feira, 21 de Setembro de 2023, 20h00

POLÊMICA

Gleisi critica existência do TSE, e Moraes rebate: 'Falas errôneas'

G1

 

Uma declaração da presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, durante uma reunião da comissão especial que analisa a PEC 9/2023, conhecida como a PEC da Anistia, na Câmara dos Deputados, causou polêmica nesta quinta-feira (21).

Gleisi criticou a Justiça Eleitoral e sugeriu que "algo estaria errado" no fato de o Brasil ser o único país a ter esse sistema constituído. A declaração da presidente do PT foi dada durante a discussão sobre o projeto nesta quarta-feira (20).

Ao falar sobre as multas aplicadas aos partidos que não cumpriram a cota de gênero nas eleições passadas, Gleisi disse que os valores estabelecidos não eram exequíveis e que os partidos não teriam dinheiro para arcar com a cobrança.

“Os valores ditos aqui, R$ 750 milhões, R$ 23 bilhões... Gente, isso não é multa exequível. Não tem como pagar. Nós não temos dinheiro. Elas não se referem apenas à aplicação dos recursos para cota. Elas trazem taxas, taxas de juros, taxas de correção”, mencionou.

A presidente do PT ainda afirmou que a execução das multas contribuem para acabar com os partidos. “ [as multas] trazem a visão subjetiva da equipe técnica do tribunal, que, sistematicamente, entra na vida dos partidos políticos querendo dar orientação, interpretando a vontade de dirigentes, a vontade de candidatos, ou seja, são multas que inviabilizam os partidos.”

Gleisi argumentou que a democracia não é feita sem os partidos políticos. “Não pode ter uma Justiça Eleitoral, que, aliás, é uma das únicas do mundo! Um dos únicos lugares do mundo que tem Justiça Eleitoral é no Brasil. O que já é um absurdo. E custa três vezes o que custa o financiamento de campanha para disputa eleitoral. Tem alguma coisa errada nisso! Talvez a gente devesse começar a olhar aí para ver o que que a gente pode mudar", exclamou.

Reação de Moraes

Diante da declaração, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, reagiu. Em nota, ele repudiou as afirmações e classificou as falas como "errôneas" e "falsas".

Segundo ele, o discurso de Gleisi teve como objetivo "tentar impedir ou diminuir o necessário controle dos gastos de recursos públicos realizados pelos partidos políticos, em especial aqueles constitucional e legalmente destinados às candidaturas de mulheres e negros".

Em outro trecho, Moraes lamentou que a presidente do PT tenha contestado a existência da Justiça Eleitoral, atribuindo isso ao "total desconhecimento" sobre a importância, estrutura, organização e funcionamento da Justiça Eleitoral.

PEC da Anistia

A proposta de emenda à Constituição (PEC) da Anistia prevê perdoar partidos que não cumpriram a cota mínima de candidatas mulheres nas eleições.

Comentários (5)

  • SOCIEDADA |  22/09/2023 11:11:43

    TUDO DO MESMO SACO DE FARINHA....

  • Galdêncio  |  22/09/2023 07:07:27

    Mudar isso aí é fácil. Só prender esse "presidente" dessa pocilga ste e enforca-lo em praça pública e mais de 200 milhões de brasileiros serão felizes para sempre.

  • Pedro |  21/09/2023 21:09:08

    Se o comentário fosse feito por alguém da direita (conservador ou bolsonarista) já estaria processado ou preso. Mas como é gente "da cozinha deles" vão passar a mão na cabeça

  • Carlos Nunes  |  21/09/2023 20:08:51

    Pois é, tia Gleisi tá certa, uai. Só o Brasil tem um TSE. Pra que? O TSE intromete muito na vida dos políticos...intromete quando são só candidatos...intromete na eleição...intromete quando já são eleitos...intromete no mandato do político. No fundo é o TSE que manda nos políticos e no sistema eleitoral. Na Argentina, na próxima eleição, será usado o sistema da urna eletrônica MAIS o voto impresso. Primeiro o eleitor vai cravar o voto na urna...imediatamente será impresso o voto e o eleitor verificará se o que consta no voto impresso é a mesma coisa que cravou na urna...se não for, tem FRAUDE. Esse método era pra ser aplicado no Brasil...mas devido as intervenções do TSE , ficou proibido. Bolsonaro ficou inelegível, porque queria urna eletrônica MAIS o voto Impresso. A ONG ANTICORRUPÇÃO TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL afirmou que a cassação do tio DALLAGNOL pelo TSE foi POLÃTICA. Quando o TRE do Paraná permitiu que tio DALLAGNOL candidatasse, não havia nenhum PAD - Processo Administrativo Disciplinar. Entretanto tio Benedito, relator do Processo, agiu como se poderia ter. Baseou em previsões futuristas e não em fatos concretos. TSE ficou POLÃTICO até demais. A Imparcialidade mingou pra burro.

  • Eleitor |  21/09/2023 20:08:33

    Todos os 2 não vale um pequi ruído.

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