Quinta-Feira, 31 de Outubro de 2024, 08h00
CAMPANHA
Oposição pede impeachment de Tarcísio por associar Boulos ao PCC
METRÓPOLES
Deputados dos partidos de oposição ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) protocolaram um pedido de impeachment contra ele, nesta quarta-feira (30/10), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), por ter associado Guilherme Boulos (PSol), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, ao PCC no dia da votação do 2° turno das eleições na capital paulista.
O pedido foi protocolado em conjunto pelas federações PT/PCdoB e PSol/Rede na Alesp. Os parlamentares argumentam que Tarcísio usou a máquina para fazer campanha para o prefeito Ricardo Nunes (MDB), reeleito nesse domingo.
De acordo com o líder da bancada do PT, Paulo Fiorilo, Tarcísio “utilizou o seu cargo para dar publicidade a bilhetes que foram interceptados”, supostamente indicando uma orientação do PCC para votar em Boulos, sem ter apresentado os documentos em si.
O pedido de impeachment argumenta que o governador deveria ter levado o caso à Justiça Eleitoral, o que não fez, e que não poderia ter utilizado a estrutura do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, para fazer tal comunicado, em especial no dia das eleições.
“Estamos questionando a irresponsabilidade do governador em um período eleitoral no qual deveria ter se manifestado [à Justiça Eleitoral] e não o fez”, disse Fiorilo.
“A conduta do governador, ao se apropriar de informações e credibilidade que decorrem de seu cargo e fazer declarações que
favoreceriam o seu candidato à eleição municipal de São Paulo, significou o desvio de um bem público para proveito privado”, diz o pedido de impeachment, ao qual o Metrópoles teve acesso.
O texto ainda acrescenta que a situação é “a própria definição penal de corrupção”. Os deputados também já prepararam uma representação contra Tarcísio para enviar à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Tarcísio falou sobre o suposto “salve” do PCC no domingo, durante entrevista à imprensa logo após ter votado na zona oeste de São Paulo. “Teve o salve. Houve interceptação de conversas e de orientações. Uma facção criminosa orientando moradores de determinadas áreas a votarem em determinados candidatos. Com o serviço de inteligência, houve essa interceptação”, afirmou Tarcísio de Freitas.
A decisão de aceitar ou arquivar o pedido de impeachment caberá ao presidente da Alesp, o deputado André do Prado (PL), aliado de Tarcísio e pupilo do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Na tarde de ontem, a Assembleia aprovou, em sessões relâmpago, uma mudança na lei para permitir a reeleição do parlamentar com votos da bancada do PT.
Procurado pelo Metrópoles para se manifestar sobre o pedido de impeachment, o Palácio dos Bandeirantes não se manifestou. O espaço está aberto.
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