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Sábado, 01 de Agosto de 2020, 15h28

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Padrasto mata enteado afogado em lama

G1

 

Reginaldo Lima dos Santos, apontado pela Polícia Civil como principal suspeito de matar o menino Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, afogado em lama, responde no Judiciário goiano por tentativa de feminicídio contra a mãe do garoto, Gracilene Almeida da Silva. Ele e um servente de pedreiro, acusado de auxiliar a matar a criança, foram presos na sexta-feira (31).

O processo sobre a tentativa de feminicídio tramita no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher desde outubro de 2018. À época, ele foi preso preventivamente por causa de mandado de prisão expedido pelo juiz do caso, conforme informações disponibilizadas no site do Tribunal de Justiça de Goiás.

O G1 tenta localizar a defesa de Reginaldo Lima para se manifestar sobre o caso.

Segundo o delegado Rilmo Braga, o suspeito tentou matar a mãe do garoto a facadas, mas não obteve detalhes do crime porque a investigação foi conduzida pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). O G1 buscou pormenores do inquérito junto à assessoria de imprensa da corporação e aguarda retorno.

Segundo a família contou à Polícia Civil, Danilo sumiu no último dia 21 de julho ao sair para ir à casa da avó. Seis dias depois, um corpo foi encontrado na região e, no dia seguinte, a corporação confirmou que se tratava da criança que estava desaparecida.

Três dias depois de o corpo ser achado, na sexta-feira, Reginaldo e o servente de pedreiro Hian Alves de Oliveira, que morava na mesma rua da vítima, foram presos suspeitos de matar Danilo. De acordo com a Polícia Civil, o padrasto sentia aversão à criança e teria cometido o crime por diversos desentendimentos anteriores com o menino. Já o comparsa, auxiliou as agressões por motivos financeiros.

Ao chegar à Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), o padrasto disse que é inocente. Já Hian, em depoimento, confessou que auxiliou Reginaldo a segurar o menino para ser agredido pelo padrasto na mata e, para isso, receberia uma moto e um carro como pagamento. "No dia da morte do menino, eu estava trabalhando na obra. O padrasto arrastou o menino lá para dentro [da mata] e machucou ele com um pau. Fui até a beirada da mata para levar o menino, segurando pelo braço. Depois, fui trabalhar e ele ficou com o menino na mata", detalhou Hian Alves.

Investigação

O delegado Rilmo Braga, titular da DIH, delegacia responsável pela força-tarefa montada para solucionar o caso, explicou que o padrasto estava insatisfeito com a convivência com o menino e tinha aversão aos dois enteados. Ao todo, a família era composta por seis crianças, sendo que apenas quatro eram fruto da relação de Reginaldo com a mulher.

Braga descartou, neste momento, a prática de violência sexual contra o menino durante o crime. "Por hora, está descartada conotação de crime sexual. As lesões encontradas no corpo do menino pela perícia não apontam diretamente para este tipo de ato", explica o delegado.

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