Sábado, 12 de Julho de 2025, 15h00
SEM JUSTIFICATIVA
PM critica policiais que mataram suspeito rendido
METRÓPOLES
O porta-voz da Polícia Militar (PM) no estado de São Paulo, coronel Emerson Massera, afirmou, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (11/7), que não havia justificativa para os agentes da corporação atirarem na cabeça e matarem um homem já rendido durante uma operação na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.
Segundo Massera, o homem não oferecia risco quando os policiais fizeram os disparos. “Dois policiais efetuaram os disparos. Não havia nada que justificasse nesse momento o disparo por parte da força policial”, disse o porta-voz da corporação.
Por conta da conduta, os dois agentes foram presos em flagrante. Para Massera, não é possível falar em “falta de treinamento”.“Não dá para colocar esse episódio como falta de treinamento. Tivemos aquelas ocorrências a partir de novembro do ano passado e temos essa agora. Acho que tem uma característica muito parecida em todas elas. Os policiais que cometeram erros sabiam que estavam cometendo erros. […] Então a falta de treinamento não pode ser alegada. Existem algumas ações que são dolosas”, afirmou.
Os demais PMs presentes na operação, que testemunharam os tiros, foram indiciados, mas não presos. A investigação deve apontar se eles ofereceram informações falsas em seus depoimentos, com o objetivo de acobertar os crimes praticados pelos colegas.
“Não havia motivo que levasse à prisão em flagrante desses policiais, mas eles também estão indiciados e isso precisa ser esclarecido durante o inquérito policial militar”, afirmou Massera. “São informações correntes, é um fato que está em andamento. Nós divulgamos aquilo que nós tivemos acesso no primeiro momento. Com uma análise mais aprofundada, com um trabalho de investigação, a gente consegue esclarecer alguns pontos”, complementou.
A operação em Paraisópolis que culminou com a morte de uma pessoa deu origem um protesto da comunidade. Os manifestantes viraram carros, montaram barricadas e atearam fogo em pneus e madeira nas ruas do bairro. Eles foram contidos por 300 agentes.
Durante o protesto, um outro homem, de 29 anos, foi baleado e morto pela PM em troca de tiros. Um policial também foi baleado e socorrido. A respeito dessa ocorrência, o coronel Emerson Massera afirmou que “não houve excesso” por parte da corporação.
Segundo a PM, a operação no local foi montada para averiguar a existência de uma casa-bomba na região. O endereço, contudo, não foi localizado.A operação policial gerou um protesto na comunidade horas depois. Moradores fizeram barricadas com fogo, viraram carros e trocaram tiros com policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rotas).
No protesto, um outro morador, de 29 anos, foi morto e um policial militar foi baleado no protesto. O agente foi socorrido ao Hospital Albert Einstein.A Secretaria da Segurança Pública (SSP) dividiu o caso em duas ocorrências: a da operação que matou um homem durante a tarde e a do protesto em si. Ambas estão sendo investigadas pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), por meio de inquérito policial.
Segundo a PM, agentes realizavam patrulhamento pela região quando receberam uma denúncia sobre indivíduos que estaria armados com fuzis na região. Além disso, havia relatos de uma casa-bomba na comunidade. O local não foi encontrado.
Ao chegar no endereço, os policiais perceberam uma “correria” e uma tentativa de fuga por parte de quatro suspeitos. De acordo com a versão da corporação, eles entraram em uma residência da região, onde um deles teria sacado uma pistola contra os agentes, que revidaram.
O suspeito foi baleado e morreu no local. Os outros três não conseguiram fugir e foram presos na mesma casa.A PM divulgou imagens com os materiais apreendidos dentro do imóvel. Em uma delas aparece o corpo do suspeito morto, borrado pela reportagem. Foram apreendidos duas pistolas, um revólver, sete carregadores de pistolas e dois prolongadores. Apesar da denúncia de fuzil, não foram encontrados exemplos deste armamento. Drogas, dinheiro e celulares também foram apreendidos.
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