Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025, 13h00
ATAQUE GOLPISTA
Quebra de sigilo aponta que Torres não ligou para ex-comandante
As informações referentes à ação penal 2.668, da trama golpista
METRÓPOLES
Uma quebra de sigilo telefônico do aparelho do coronel Fábio Augusto Vieira constatou que Anderson Torres não ligou para ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) para evitar os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal havia pedido a quebra de sigilo da linha de Fábio Augusto na tentativa de provar que havia ligado para o policial, na intenção de conter a multidão que desceu do Quartel General do Exército para a Esplanada dos Ministérios, em uma tentativa de golpe.
No entanto, dados fornecidos pela operadora Claro ao Supremo Tribunal Federal (STF) revelaram que não foram encontrados registros de chamadas telefônicas realizadas ou recebidas, tampouco mensagens de texto, no 8/1 no celular do coronel.
As informações referentes à ação penal 2.668, que trata da suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022, foram encaminhas à Polícia Judiciária nessa terça-feira (24/6).
“Liguei para todo mundo”
Em interrogatório realizado em 10 de junho no STF, Anderson afirmou que ficou “desesperado” com os atos de 8 de Janeiro e que houve uma falha grave na execução do planejamento de segurança para aquele fim de semana. Torres destacou que a responsabilidade principal pela segurança da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes, no dia dos ataques, era da PMDF.
“Houve uma falha muito grave no cumprimento do protocolo. Esse PAI [Protocolo de Ações Integradas] é considerado gravoso, impacta muito na vida do brasiliense. Quando li esse protocolo, pensei: ‘Está de bom tamanho para as ações que a gente tem’. Houve falha grave no cumprimento do protocolo”.
O ex-secretário acrescentou que, ao tomar conhecimento dos atos — enquanto estava nos Estados Unidos —, ligou para diversas autoridades pedindo uma atuação mais eficaz, inclusive para o então comandante-geral da PMDF, coronel Fábio Augusto, que estava na Esplanada. “Fiquei desesperado. Liguei para todo mundo. O protocolo teve uma falha grave no cumprimento”, reforçou.
Questionado pelo ministro Luiz Fux sobre quem deveria assinar o protocolo, Torres explicou que o documento contou com a adesão de diversos órgãos.
“Várias pessoas assinaram. Até o Supremo assinou o protocolo [para a colocação de gradis]. Cada um tinha suas ações. O coração do protocolo era a PMDF — eles fazem isso há 65 anos. Essa é a expertise deles, e a grande maioria das ações cabia à PMDF”, concluiu o ex-ministro.
Integrantes da cúpula da PMDF são réus em uma ação penal que tramita na Corte. O processo deve ser julgado em plenário virtual.
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