A madrugada desta sexta-feira (18/4) foi marcada por uma tragédia na Avenida Brasil, altura de Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro. Três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) — Diego Figueiredo, Rodrigo Pizetta e Carlos Mariath — morreram após a viatura em que estavam colidir violentamente com um carro de passeio durante perseguição a motociclistas que fugiram de uma blitz.

Segundo apuração da coluna, os policiais participavam de uma operação de fiscalização quando passaram a perseguir dois motociclistas sem capacete que furaram a barreira da PRF. A viatura, com quatro agentes, acessou a pista lateral da Avenida Brasil, onde há diversas ondulações no asfalto. De acordo com testemunhas, a viatura “saltou” várias vezes antes de bater com força na traseira de um carro de passeio.

No carro de passeio, estavam três pessoas – pai, mãe e filha, de 2 anos. Apesar da gravidade do acidente, todos sofreram apenas ferimentos leves. O motorista também foi arremessado do veículo, mas está fora de risco.

Blitz

Mais de 40 motociclistas participavam de um “rolezinho” que cruzava a Avenida Brasil na madrugada. A Polícia Militar e a Guarda Municipal montaram uma ação de bloqueio em pontos estratégicos.

O setor de inteligência havia identificado que o grupo pretendia se reunir no Méier, mas o encontro foi transferido para a Rodoviária Novo Rio após atuação da PM. No total, um motociclista foi preso e oito motos foram apreendidas.

A ocorrência foi registrada na 38ª DP (Brás de Pina), que acionou a perícia técnica. A Polícia Civil busca imagens de câmeras de segurança da região e realiza diligências para apurar a dinâmica do acidente e tentar identificar os motociclistas que fugiram da blitz.

Governo federal

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, divulgou nota oficial lamentando a morte dos agentes:

“Os policiais estavam no exercício de suas funções, empenhados em garantir a segurança nas rodovias federais durante o feriado. Manifestamos solidariedade às famílias e reafirmamos o compromisso com a valorização dos profissionais de segurança pública”.