Opinião

Segunda-Feira, 19 de Maio de 2025, 14h37

Nelson Barbudo

Correios em Crise: o carteiro toca a campainha

Nelson Barbudo

 

O que mais falta acontecer com os Correios?

A estatal que deveria ser sinônimo de confiabilidade e serviço público de qualidade se tornou, mais uma vez, protagonista de um enredo que mistura má gestão, rombo bilionário, funcionários penalizados e uma população pagadora de impostos reduzida à plateia de um teatro de absurdos.

Segundo dados veiculados pela grande imprensa, os Correios amargaram um prejuízo de R$ 597 milhões em 2024, como revelado pela própria demonstração financeira da empresa. Para “remediar”, a estatal já anunciou um pacote de cortes de R$ 1,5 bilhão, incluindo *redução salarial, adiamento de férias - como se os funcionários fossem os vilões da história. A propósito, vale lembrar que não é a primeira vez que isso acontece. O Postalis, fundo de pensão dos empregados da estatal, já protagonizou escândalos gravíssimos que, até hoje, colocam o funcionalismo em uma situação de insegurança e descrença.

Mais recentemente, a Postal Saúde, operadora do plano de saúde dos funcionários dos Correios, também declarou risco de descontinuidade por dificuldades financeiras severas. Seria cômico, se não fosse trágico: em vez de cuidar de quem carrega o serviço nas costas, o governo parece empenhado em empurrar os trabalhadores para o precipício — e com aviso de recebimento.

Os governistas, claro, tratam o tema como se fosse uma ventania passageira. Mas não é. Quando uma empresa estatal, sustentada com o suor do povo, entra em colapso sucessivo, é preciso parar tudo e fazer a pergunta incômoda: quem são os responsáveis? A resposta está na política, e mais especificamente na forma como o governo do PT, especialmente o atual presidente, vêm tratando as estatais: como cabides de emprego, moedas de troca política e depósitos de ineficiência crônica.

Como dizia Sócrates, “a corrupção começa quando se troca o interesse coletivo por conveniências pessoais”. E convenhamos: se há algo que tem sido desprezado é justamente o interesse coletivo. Afinal, os prejuízos não são abstratos — eles recaem diretamente sobre a população que depende dos serviços postais e sobre os trabalhadores que, há décadas, se sacrificam para manter o sistema funcionando.

Por isso, é importante uma investigação a fundo para responsabilizar os culpados. Queremos nomes, documentos, contratos, explicações — e principalmente responsáveis. Porque não se trata apenas de balanços negativos ou má gestão. Trata-se de um desrespeito com o povo brasileiro, com os funcionários da estatal, e com o sentido mais básico de coisa pública.

Já passou da hora de virar a página do faz-de-conta. Os Correios não podem continuar sendo um peso morto no bolso do contribuinte. E que a verdade não seja extraviada no caminho.

Comentários (4)

  • aloisio |  20/05/2025 11:11:41

    O PT surgiu nos anos 70. Fico imaginando como era o Brasil antes, tropical, bonito por natureza, abençoado por Deus ... sem desigualdade social, educação de primeiríssima qualidade, sem urna eletrônica ... absolutamente evangélico. E terra para quem quiseeeeeeesse! Pela cartilha de Barbudo o PT transformou o país numa calamidade ... Regaçou o país, como diz o cuiabano antigo. E, agora, Barbudo, nosso herói, com todo caráter, numa batalha heroica, não uma epopeia ...vai salvar o país desse PT. Barbudo ... o exterminador do PT! Nosso herói - com todo caráter!

  • alexandre |  20/05/2025 09:09:09

    Quebraram os correios de novo ? culpa do lula e do TAXAD

  • Carlos Nunes puxa-saco |  19/05/2025 16:04:25

    Esse senhor deputado nem sabe escrever direito, que dirá conhecer sócrates (se perguntarem quem é, ele vai falar que jogava muito no corinthians) mas tem puxa-saco que vem elogiar o texto escrito por assessor, com certeza buscando uma boquinha,

  • Carlos Nunes |  19/05/2025 16:04:11

    Pois é, tio BARBUDO tá certo, uai. O Correio já foi a organização mais respeitada do Brasil. Teve até o Banco Postal...O Japão tem o maior Banco Postal do mundo, com uma extensão rede de agências e caixas eletrônicos em todo país. Por que no Japão o Correio e o Banco Postal funciona? Será que esse modelo japonês poderia ser aplicado no Brasil? Tá na cara que o modelo brasileiro fracassou redondamente. Um novo modelo, que funcione, tem que ser aplicado no Correio brasileiro. Chega de intervenção política. A política só atrapalha.

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