Terça-Feira, 29 de Junho de 2021, 19h08
Luciana Zamproni
Meta a colher sim!
Luciana Zamproni
Diariamente uma mulher é vítima de feminicídio por colocar fim a um relacionamento abusivo, seja por apanhar demais do companheiro ou também por outros motivos como por ser lésbica ou por outra intolerância.
O que será que nós enquanto sociedade devemos fazer para que nossas mulheres consigam se impor com o NÃO é NÃO?! Fazer com que os homens entendam que não queremos mais tal relacionamento?!
Confesso que fiquei impactada, em meio a tantos casos, com a notícia do jornalista José Marcondes Neto, o Muvuca, que atentou contra a vida da sua ex-namorada e, em seguida, tirou a sua própria vida.
Preocupa-me saber que, muitas vezes, o “perigo” está ao nosso lado e passa despercebido. Hoje me questionei se essa vítima Nádia Mendes se queixou para alguém o que estava se passando.
Será que ela contou para alguma amiga, vizinha, funcionário da farmácia ou familiar que o seu ex-companheiro não parava de ligar? insistia na reconciliação, incomodava ou ameaçava de morte? Será que ela acreditava que seu ex-namorado não teria coragem de cometer um feminicídio? Pois é! Será que ainda temos que seguir aquele velho ditado popular? “Em briga de marido e mulher não se mete a colher”.
A resposta é NÃO! EU METO A COLHER! Basta do silêncio que interrompe vidas e vidas das nossas mulheres por motivos banais, se é assim que podemos dizer.
É preciso mais consciência das pessoas para superar a perspectiva de que esse assunto é de foro privado para assim oferecermos alguma para auxiliar a vítima a sair desse ciclo de violência/morte.
Quero gritar: - BASTA! CHEGA! PAREM DE CEIFAR NOSSAS MULHERES
Insistir no entendimento de que a violência doméstica é “assunto de família” e que a mulher agredida é quem deve assumir se deverá ou não expor a situação é descarregar o fardo que já vem sendo suportado há séculos; é praticar mais um ato de violência.
Peço! Ao perceber algum indício de violência doméstica e familiar, pergunte se está tudo bem em casa. Ofereça ajuda. Apoio. Diga que ela não está sozinha. Demonstre preocupação e se dispõe para buscar ajuda.
Lembre-se sempre: “Quem ama não agride”. Caso presencie ou sofra violência doméstica, denuncie. No disque 180, pode ser prestado queixas e o denunciante tem a identidade preservada.
Quando se tratar de situação que envolve risco imediato, acione o 190 da Polícia Militar, disponível 24h por dia, em todo o território nacional.
Mulher você não está sozinha!
Luciana Zamproni, Secretária Municipal da Mulher, advogada, especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributário (IBET).
Não é só votar: O que falta para o Brasil se tornar a maior Democracia do Planeta?
Domingo, 13.07.2025 16h58
Educação ou adestramento? Um grito por liberdade nas salas de aula brasileiras
Domingo, 13.07.2025 15h00
Mais Férias e Menos Telas,: Equilibrando o Digital e o Real
Domingo, 13.07.2025 13h20
Cuidar da saúde mental no trabalho não pode esperar até 2026
Domingo, 13.07.2025 13h20
Graças à Mercedes
Domingo, 13.07.2025 13h18