Opinião Domingo, 13 de Julho de 2025, 13h:20 | Atualizado:

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Maria Alaíde Bruno Teixeira

Cuidar da saúde mental no trabalho não pode esperar até 2026

 

Maria Alaíde Bruno Teixeira

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Maria Alaide Bruno Teixeira

 

Você sabia que a saúde mental também deve ser cuidada no ambiente de trabalho? Situações como excesso de pressão, metas abusivas, assédio, insegurança e até a falta de reconhecimento fazem parte de algo chamado riscos psicossociais. E esses riscos afetam diretamente o bem-estar, o desempenho e até a saúde de quem trabalha.

Recentemente, o governo publicou a Portaria nº 1.419/2024, que trata justamente disso. Ela tornaria obrigatória, a partir de 2024, a avaliação desses riscos nas empresas. Porém, o prazo para começar a valer foi adiado para maio de 2026.

Mas atenção: isso não significa que as empresas estão livres da responsabilidade. A obrigação de cuidar da saúde mental já existe dentro das normas de segurança do trabalho (especialmente na NR-1), e continua valendo. O que foi adiado foi apenas uma parte técnica da regra — mas o dever de proteger o trabalhador, esse não mudou.

É aí que entra um setor muito importante: o Recursos Humanos (RH). O RH conhece o dia a dia da empresa, escuta os trabalhadores e entende os desafios. É esse setor que pode liderar mudanças importantes, com empatia, diálogo e responsabilidade. Não se trata só de cumprir a lei — trata-se de fazer o certo.

Em vez de esperar que as multas comecem a chegar em 2026, é melhor aproveitar esse tempo para agir. As empresas podem, desde já, conversar com as equipes e lideranças sobre saúde mental, incluir esse tema nas análises de risco que já existem, integrar o cuidado emocional no planejamento das ações da empresa e criar um ambiente onde as pessoas se sintam ouvidas e respeitadas.

Quem sair na frente agora, vai colher os frutos depois. Empresas que cuidam das pessoas têm mais produtividade, menos afastamentos e mais harmonia no ambiente de trabalho.

A mudança já começou. A saúde mental não pode esperar. E o RH, junto com gestores, líderes e trabalhadores, pode ser o motor dessa transformação.

Maria Alaíde Bruno Teixeira  é Doutoranda em Direito e Especialista em Gestão de Negócios, escritora, graduada em Psicologia, Direito e Serviço Social. @draalaidebruno





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