Sexta-Feira, 02 de Outubro de 2020, 13h39
Davi Nogueira
Por que para o servidor público pode ser vantajoso ressuscitar politicamente Pedro Taques?
Davi Nogueira
Em 2014, Pedro Taques foi eleito a governador do estado de Mato Grosso com quase 60% dos votos. Naquela época ele era aliado de um grupo político (grupo dos odiosos) composto de empresários e políticos que em sua grande maioria nutrem um ódio pelo servidor público.
Pedro, alicerçado pela votação expressiva, assumiu o cargo arrochando os servidores. Seu maior embate foi quando declarou aos servidores públicos que NÃO IRIA pagar a RGA daquele ano. A arrogância foi tamanha que não se preocupou ao menos em cumprir o que determinava a Constituição Federal. A declaração foi taxativa, não vou pagar! Não houve ao menos a intenção de propor um parcelamento.
O governo viria a enfrentar àquela que foi a maior greve do estado. Os servidores públicos cruzaram os braços por quase dois meses e só retornaram aos serviços quando o governador recuou concordando em pagar a RGA. Nos bastidores, Pedro sofria enorme pressão do grupo dos odiosos para continuar a perseguição aos servidores públicos.
Nas eleições municipais de 2016, Pedro resolveu lançar Wilson Santos para prefeito de Cuiabá e os servidores públicos perceberam a oportunidade de dar o troco ao governador e impingiram-lhe uma derrota acachapante. O adversário de Wilson Santos foi eleito com mais de 60% dos votos.
Os servidores deram ao governador um pequeno vislumbre do que lhe esperava nas próximas eleições.
Em 2017, Pedro estava enfraquecido pelos embates com os servidores públicos e pela derrota política da maioria dos candidatos que apoiou nas eleições municipais.
Além disso, não conseguia equilibrar as finanças do estado e os comerciantes haviam perdido o encanto por ele, pelos constantes calotes que o estado estava dando em seus fornecedores.
Foi nesse cenário que Pedro reuniu seus secretários para tratar do pagamento da RGA daquele ano. A pergunta era simples: devemos pagar a RGA?
Os secretários se dividiram, metade entendia que Pedro deveria honrar o compromisso e a outra metade, composta principalmente do grupo dos odiosos, exigia o não pagamento.
Coube a Pedro a palavra final e decidiu não só pagar a RGA de 2017, como também, resolveu deixar negociado a do ano seguinte, para que não houvesse um novo enfrentamento com os servidores públicos em ano eleitoral.
Essa reunião foi o momento de ruptura de Pedro Taques com o grupo de odiosos, que logo abandonou seu governo.
Para Pedro, já era tarde demais, ele não conseguiria reverter sua imagem perante os servidores públicos e não tinha mais seu grupo político como aliado para que pudesse viabilizar a sua reeleição ao governo.
O grupo dos odiosos abandou Pedro Taques e se aliou àquele que seria seu adversário nas eleições ao governo em 2018. E, a partir disso, incrivelmente, a história começa a se repetir.
Mauro Mendes, apoiado pelo grupo dos odiosos, foi eleito com quase 60% dos votos. O novo governador iniciou seu governo destilando todo ódio contra os servidores públicos. Um arrocho atrás do outro.
Mas tem um elemento novo nessa história, eleição para preencher uma vaga ao Senado Federal. E, é aqui que o servidor público pode novamente fazer a diferença.
As consequências dessa eleição podem ser as seguintes:
Se o senador eleito for o que teve apoio de Mauro Mendes, o governo se sentirá enormemente fortalecido politicamente e proporá cada vez mais projetos visando atingir o servidor público.
Vale lembrar que a Reforma Administrativa está vindo aí e o quão fortalecido o governador estiver é que definirá o prejuízo que o servidor público sofrerá.
Elegendo seu senador, Mauro terá o apoio dele para a sua reeleição. É o jogo político, uma mão lava a outra. Não esqueçam que o candidato ao senado do governador faz parte do grupo dos odiosos.
Portanto, para o servidor público é importantíssimo derrotar o governador nessa eleição para o senado. Além disso, estrategicamente é interessante eleger seu maior adversário político, para equilibrar a balança e demonstrar ao governador que, se continuar com a política de arrocho aos servidores públicos, terá o mesmo destino que seu antecessor.
É irônico, mas a melhor opção para o servidor público, nesse momento, talvez seja eleger Pedro Taques novamente senador por Mato Grosso.
Davi Nogueira, escrivão de polícia e presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso – Sindepojuc/MT
Antônio Claras | 03/10/2020 16:04:55
A atual gestão do governo tem visão empresarial para serviços públicos enfatizando a diminuição da máquina pública em detrimento ao servidor. E quando acabar com os servidores da saúde e da educação, serao os empresários que mandaram no Estado? Teremos um caos se continuar a diminuir o Estado em prol dos benefÃcios dos próprios empresários que sempre buscam lucros, noque não é errado, desde que de forma correta e justa !
Policial Civil | 03/10/2020 13:01:38
Sou obrigado a concordar com o artigo. Nunca tinha pensado dessa forma. Ta aÃ, vou votar no Taques pra mandar recado pro MM, destruidor de direitos.
Gustavo | 03/10/2020 12:12:04
Votar em Pedrinho Malvadeza? Quando era governador batia na mesa dizendo que mandava em MT. Muitos diziam que se comportava como ditador. Não regularizou a folha de pagamentos e etc........É uma vergonha falar em votar nesse indivÃduo
Helcio | 03/10/2020 11:11:06
É vergonhoso ler um pedido de voto explÃcito disfarçado de jornalismo. Cadê você Ministério Público Eleitoral? Cadê você Tribunal Regional Eleitoral?
Andre | 03/10/2020 06:06:23
Graças a Deus que não sou mais escrivão de polÃcia, olha a mentalidade desses caras, é disso daà p pior, se brincar tem até bozonaristas entre eles. Essa nova geração não sabe o que é ser servidor público, não sabe a luta que tiveram para conquistar os nossos direitos e garantias, tudo isso seus inúteis com apoio exclusivamente de PARTIDOS DE ESQUERDA e também com uma pequena parte da sociedade, esse cidadão é sindicalista de gabinete e de mÃdias sociais, e nada mais. Eu não estou nem aÃ, quero mais é que se explodam essa turma, não guardo lembranças desse cargo e muito menos da PolÃcia civil.
Maria Servidora | 03/10/2020 06:06:16
O Taques não é a minha primeira opção, mas se no final da campanha ele for o único com chance de ganhar de Carlos Fávaro e Nilson Leitão, eu vou votar no Taques.
Oliveira | 03/10/2020 00:12:57
Eu concordo com a reportagem. Passei 4 anos odiando a cara de Pedro Taques pelo que ele fez com o servidor. Mas depois de dois anos desse Mauro Mendes, já sinto saudades do Pedrinho. Vou votar nele porque acho que como Senador ele vai bem. E pra mostrar pro MM que ele tem que respeitar os direitos do servidor, se não vai sair pior que o Taques.
Servidor Cuiabano | 02/10/2020 21:09:00
Sem dúvidas nos servidores precisamos do equilÃbrio citado. Lúdio Cabral tem o pior de tudo, o PT como origem. Esse partido, e seu candidato Lúdio, ja mostrou que não pensa no servidor. Pedro Taques, pelo seu histórico no senado, mostra que é a melhor opção para o servidor.
cleide | 02/10/2020 17:05:01
Vou opinar pela ótica do que é melhor para o servidor público. E esses são muitos, desequilibram bem a balança e fazem a diferença. Porque se é um servidor, sua esposa pode não ser, mas conta dois votos, ou vice-versa. Pode no mÃnimo contar mais um parente. Vejam que lá na primeira votação em janeiro para taxar os servidores aposentados, o PT, especificamente Lúdio Cabral, foi contra (desde lá em janeiro), entrou com uma ação, mas foi vencido e o resultado se mostrou catastrófico para os servidores e para a imagem dos parlamentares. JanaÃna Riva disse/acredita “que a ALMT foi levada ao erro”, naquela votação, no mÃnimo desrespeitosa e injusta, porém preciso ser convencida de que os parlamentares não soubessem e/ou não foram avisados da tamanha confusão que se daria quando os descontos começassem a retirar parte significativa dos salários dos servidores aposentados. Agora, em uma nova votação a ALMT começa a fazer justiça. Tendo a frente o PT, os deputados viram que para levantar um Estado, não podem retirar direitos e saquear salários alheios. Taques NÃO precisa entrar nessa conta, não! Analisem e votem. Há candidatos suficiente para ver quem batalha pelos direitos dos servidores e/ou quem é apoiado por quem trabalha pelo servidor.
cleide | 02/10/2020 16:04:20
Prestem atenção! Vou opinar pela ótica do que é melhor para o servidor público. E esses são muitos, desequilibram bem a balança e fazem a diferença. Porque se é um servidor, sua esposa pode não ser, mas conta dois votos, ou vice-versa. Pode no mÃnimo contar mais um parente. Vejam que lá na primeira votação em janeiro para taxar os servidores aposentados, o PT, especificamente Lúdio Cabral, foi contra (desde lá em janeiro), entrou com uma ação, mas foi vencido e o resultado se mostrou catastrófico para os servidores e para a imagem dos parlamentares. JanaÃna Riva disse/acredita “que a ALMT foi levada ao erro”, naquela votação, no mÃnimo desrespeitosa e injusta, porém preciso ser convencida de que os parlamentares não soubessem e/ou não foram avisados da tamanha confusão que se daria quando os descontos começassem a retirar parte significativa dos salários dos servidores aposentados. Agora, em uma nova votação a ALMT começa a fazer justiça. Tendo a frente o PT, os deputados viram que para levantar um Estado, não podem retirar direitos e saquear salários alheios. Taques NÃO precisa entrar nessa conta, não! Eu vejo assim. Analisem quem está com o servidor e votem. Há vários candidatos.
José Arruda | 02/10/2020 15:03:14
Meu DEUS..que horror, esse artigo sem pé, nem cabeça assinado pelo Sindicalista Davi Nogueira, descaradamente pedindo a nós servidores públicos de MT a votar nesse incompetente e odioso Pedro Taques para o Senado Federal. Esse Davi deve ser um vassalo do Governo PT, que por falta de assunto, sugere uma barbaridade dessa, nós funcionários publicos, que sofremos 4 anos nas mãos maldosas do Taques, agora com raiva do não menos odioso Governador Mauro Mendes, fazer essa recomendação. Seja livre Servidor, vote em quem o seu coração quiser, menos no Taques, e no Faváro que é o preferido do Mauro raivoso.
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