Domingo, 17 de Março de 2024, 12h15
GRAVATAS
Advogado atuava como "pombo-correio" do CV e ajudava lavar dinheiro
Na operação foram presos quatro advogados ligados aos faccionados
Da Redação
Alvo da Operação Gravatas, o advogado criminalista Roberto Luis de Oliveira, de Sinop (500 km de Cuiabá), usava de "privilégios da profissão" para gravar áudios com membros do Comando Vermelho, servindo como intermediador na comunicação entre a facção criminosa. É o que aponta o relatório técnico de investigação da Polícia Civil.
Deflagrada na última terça-feira (12), a operação desarticulou o braço jurídico da organização criminosa ao prender quatro advogados que agiam ao arrepio da lei e do Código de Ética da advocacia, em prol dos faccionados.
Conforme as investigações, Roberto Luis fornecia a própria conta bancária para lavagem de dinheiro. O criminalista, junto com os colegas advogados Hingritty Borges Mingotti, Jéssica Daiane Morostica e Tallis Lara Evangelista prestavam serviços que beneficiavam os criminosos em troca de vantagens financeiras.
Consta no documento que um a polpicia prendeu E.H.S. por homicídio por dolo eventual, após ele realizar atirar na porta de uma boate e, na ocasião, acertar o pescoço de uma mulher. A partir desse momento, Roberto, passa a levantar todas as informações do caso, desde o envio ilegal do boletim de ocorrência, ao acesso ao processo criminal.
Vale lembrar que de acordo com o estatuto da facção criminosa, o Comando Vermelho não autoriza que pessoas "de fora possam derramar sangue sem a autorização deles”.
Além disso, o advogado descobre também que E.H.S está preso na Cadeia de Lucas do Rio Verde e o visita, se oferecendo para ser o "pombo-correio" do crime. Ele questiona se a liderança quer passar alguma informação para algum dos presos.
Em outra ocasião, Roberto encaminha áudios que foram gravados de forma ilegal, de dentro da cela da Delegacia de Tapurah, ocasião em que Hingritty Mingotti, ao entrevistar dois presos por tráfico de drogas, pede para eles gravarem áudios a sobre as circunstâncias de suas prisões. Em seguida, ela encaminha as gravaçõas a Roberto, que os manda para a liderança da facção.
Em outro trecho de diálogos, o líder da facção pergunta se Roberto possui conta no banco Bradesco. Em seguida, o faccionado realiza uma transferência no valor de R$ 5 mil. Na sequência, o faccionado passa os dados de uma pessoa de iniciais D.D.A.S, para que Roberto transfira a quantia para esta pessoa. Para Polícia Civil, é evidente que não se trata de honorários advocatícios.
OPERAÇÃO GRAVATAS - A Operação Gravatas cumpriu 16 ordens judiciais, sendo oito prisões preventivas e oito buscas e apreensões, contra três líderes do Comando Vermelho que estão custodiados no sistema prisional.
Também foram alvos da ação os advogados Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista, Roberto Luís de Oliveira, Jéssica Daiane Maróstica e o soldado da Polícia Militar, Leonardo Qualio.
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