Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024, 19h41
MORTE NO CONTORNO
Empresário faz B.O contra advogada que o acusa de grilagem em Cuiabá
Ele ressalta ser herdeiro de patrimônio milionário e tem sido vítima de calúnia
ALEXANDRA LOPES
Da Redação
O empresário da construção civil e assessor parlamentar, Elmar José Inácio, 44 anos, registrou um boletim de ocorrência na última terça-feira (19) na Polícia Civil acusando a advogada Gabriela Rizzieri Zaque de Rossi, de 29 anos, de calúnia e difamação. Ela é representante jurídica da família do pecuarista João Antônio Pinto, 86 anos, morto em 23 de fevereiro deste ano ao reagir a uma abordagem policial na propriedade dele, localizada na região do Contorno Leste, em Cuiabá.
Além do boletim, o empresário anunciou que irá processá-la e que seus advogados já estão preparando a petição a ser protocolada na Justiça pedindo indenização dor danos morais. Segundo Elmar, ele vem sendo injustamente apontado como grileiro e que teria desavença com João Pinto por conta de uma cerca erguida na propriedade do idoso.
No boletim de ocorrência, o empresário negou envolvimento com crimes de grilagem de terras e afirmou que não levantou cercas nas imediações das terras do idoso João Pinto. Ele também declarou que possui uma ocupação lícita e residência fixa há mais de 20 anos em Cuiabá.
Destacou que é filho de fazendeiro, herdeiro de um patrimônio de mais de R$ 20 milhões, além de já ter sido servidor público por uma década e atuar no ramo da construção civil, afirmando que não precisaria invadir a propriedade de terceiros. Elmar é colocado na cena do crime por ser cunhado do policial civil, Jeovânio Vidal Griebel, que foi o responsável pelo tiro que matou João Pinto durante a abordagem.
Recentemente, o delegado Marlon Conceição Luz, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigava a morte do idoso, sugeriu o arquivamento do inquérito do caso. Segundo a PJC, Jeovânio agiu em legítima defesa para evitar uma agressão injusta. De acordo com a PJC, o documento se baseia em inúmeros indícios obtidos por meio de perícias, sigilos bancários e de dados analisados, oitivas e imagens de câmeras.
Após a repercussão do fim do inquérito, a advogada falou com sites em Cuiabá, informando que iria apelar ao Ministério Público, apontando que a PJC foi corporativista ao sugerir o arquivamento das investigações.
No boletim de ocorrência em que acusa Gabriela de calúnia, o empresário relata que, no dia dos fatos, estava na região, esperando por seu ajudante de pedreiro para irem trabalhar em uma obra. Ele disse que estava encostado em sua caminhonete Pajero, ocasião em que passou pelo local uma outra caminhonete azul. Conforme ele descreve, João Pinto desceu do utilitário e foi em sua direção. Elmar conta que tentou cumprimentá-lo com um "bom dia", ocasião em que João teria respondido: "Bom dia, o caralho", e sacou uma pistola apontando para seu rosto, com o dedo no gatilho e tremendo, avisando a Elmar que naquele local passaria uma estrada e que não poderia ser construído nada ali.
Elmar relatou que respondeu a João dizendo que ele não tinha nada a ver com aquele local e que somente estava ali aguardando seu ajudante para irem trabalhar em outro lugar, momento em que o idoso guardou a arma e foi embora.
Ainda conforme o boletim, Elmar disse que tirou uma foto da placa do veículo do idoso e enviou para seu cunhado, que é policial civil, informando o ocorrido e perguntando se algo poderia ser feito. O policial informou que, por se tratar de um flagrante delito por ameaça e porte de arma, levaria a situação para seu chefe e posteriormente retornaria para que o caso fosse averiguado no local. Segundo o boletim, no momento em que os policiais chegaram ao hangar da propriedade onde estava João Pinto, ele teria reagido à abordagem, sendo atingido por um disparo e morrendo no local.
O boletim de ocorrência foi registrado na 3ª Delegacia de Polícia de Cuiabá. A mesma versão relatada por ele no boletim de ocorrência também consta no termo de depoimento que ele prestou junto à Polícia Civil no dia 19 deste mês ao delegado Luiz Henrique Damasceno, relativo ao episódio que resultou na morte do idoso.
pedro paulo | 22/11/2024 08:08:45
O princÃpio do problema com certeza é grilagem! Mas lanço um desafio aqui! quem dos envolvidos não era grileiro! Esse João Pinto é o grileiro mais velho dessa turma! Quem com ferro fere com ferro será ferido!
Euzangela | 22/11/2024 08:08:03
Aqueles que direto ou indiretamente contribuÃram para o crime tem que ser presos e responder pelo crime contra a vida de seu João Pinto : Execução foi feita pelo agente do Estado ou seja : BANDIDO LEGITIMADO PELO ESTADO DE MATO GROSSO . Quem colaborou com o crime é cúmplice !!!! Tem que responder criminalmente.
zétonto | 22/11/2024 07:07:12
A investigação desde caso parece ter sido conduzida por interesses escusos, isso mostra o absurdo da nossa "tal justiça". Até quando o judiciário e a segurança pública vão estar ai a serviço de alguns poucos?
José | 21/11/2024 22:10:23
Concordo com a advogada em que o MP deve denunciar, e mais ainda, é caso de futura pronúncia, e a decisão deve ser do juri popular, pela natureza da ocorrência. Inclusive essa era uma ocorrência a ser atendiada pela PolÃcia Militar, e não a PJC. Policiais em geral devem evitar estar envolvidos em ocorrências e investigações com envovimento de parentes seus, ainda que como vÃtima.
Debora | 21/11/2024 21:09:58
Maior parte dos que invadiram a área do idoso tinha patrimônio e pagava gente pra ficar lá no local. A área valorizou muito quando foi cortada pela avenida. O Sr Elmar precisa provar então que não tinha lotes lá, supostamente 4 lotes.
Benedito Teixeira | 21/11/2024 20:08:56
Esse caso tem se demonstrado uma escalada de absurdos. Agora, mais um absurdo se perpetra, que é a tentativa de coação da defesa. A OAB deveria se posicionar em relação a essa atitude absurda. O denunciante deveria compreender que a advogada age em estrita observância de seu múnus público, assegurado pelo EOAB. Nós, leitores, temos confiança que justiça se estabelecerá. À defesa, não parem, pois esse fato só demonstra a correição de suas ações.
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