Um assessor parlamentar, lotado no gabinete de um deputado estadual na Assembleia Legislativa (ALMT), é acusado de ter invadido a casa da ex-mulher e levado, roupas, móveis e eletrodomésticos do local na última semana. A informação veio à tona no Programa do Pop, da TV Cidade Verde, nesta quinta-feira (03).

De acordo com a reportagem, os dois estavam separados após uma série de desentendimentos envolvendo justamente a residência, localizada no bairro Guarita, em Várzea Grande. Ela conta que o financiamento do imóvel feito pela Caixa Econômica Federal (CEF), ficou sem ser pago por mais de seis meses.

A inadimplência fez com que a agência bancária marcasse o leilão. "A minha casa eu financiei há três anos, fiz um novo financiamento do meu carro para dar entrada nela e a gente ficou de dividir as despesas da casa. Ele pagava o financiamento do carro e o da energia solar e eu o da casa. Por dois anos, eu paguei a casa tranquilo. Só que ele começou a atrasar demais os financiamentos e eu falei pra trocarmos e ele ficaria com a casa eu com o carro e a energia. Quando deu sete meses de atraso, a Caixa me chamou para avisar sobre o leilão", explicou a mulher.

O casal estava em processo de separação, mas ainda dividia o mesmo "teto". No dia 27 de junho, o assessor teria deixado a ex-mulher no trabalho e retornado à residência.

Foi então que ele retirou, além de suas roupas, móveis e eletrodomésticos do local. Quando chegou do serviço, a mulher se espantou, achando que tinha sido assaltada.

No entanto, ao olhar as câmeras de segurança, ficou em choque ao ver que o ex-marido é quem levou tudo. "Eu trabalho muito e ele usava muito do conhecimento dele com o advogado do trabalho dele, falava que se eu fizesse alguma coisa o advogado iria ferrar comigo. Eu não podia fazer nada e estava sem acreditar que ele faria isso. Ele tirou até as minhas coisas de casa, levou um chaveiro para abrir a porta do meu quarto para procurar uma arma, arma essa que ele usava para me ameaçar e chantagear", contou a mulher. 

Enquanto a reportagem ia ao ar, o prestador de serviço contratado para realizar o frete dos móveis se manifestou. "Ele me chamou para fazer o frete e eu fui lá. Contratei até um ajudante. Eu não estou aqui para puxar saco de nenhum dos dois, mas a minha imagem apareceu. O que eu carreguei foi uma cama box, um colchão de solteiro, tenda e caixas de roupas e uma bicicleta. Estou me justificando porque ela falou em invasão", explicou o freteiro. 

O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Defesa da Mulher como violência "psicológica e patrimonial" e a Polícia Civil investiga. Enquanto isso, o assessor segue em liberdade e a ex-mulher afirma temer pela vida. "Estou com tanto medo, sofrimento, tanta vergonha que está muito difícil para mim", desabafou.