Terça-Feira, 09 de Julho de 2024, 08h47
ARMA NA CABEÇA
Militar que matou ladrão reage ao MPE e cita 40 minutos de terror em Cuiabá
Tenente-coronel afirma que seria morto pelo assaltante e por isso reagiu
ALEXANDRA LOPES
Da Redação
Denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) por matar o ladrão Luanderson Patrik Vitor de Lunas durante um assalto em sua residência, o tenente-coronel da Polícia Militar, Otoniel Gonçalves Pinto, criticou a medida do órgão ministerial. No texto, ele lamenta que, depois de suportar a violência do criminoso, terá que enfrentar a violência do Estado que o "acusa de ser homicida por ter defendido sua família".
Além de ser denunciado pelo crime de homicídio, o MP, através do promotor Vinicius Ghayva, também solicitou o pagamento de uma indenização por dano moral para a família do assaltante. Otoniel teve a casa no bairro Santa Marta, em Cuiabá, invadida em novembro de 2023.
Conforme o militar, os bandidos, armados, renderam sua família com muita truculência durante vários minutos de terror. Ele relata que só reagiu após a violência empregada pelos criminosos se intensificar e por ser ameaçado de morte pelo ladrão, que afirmava que ele estava "fodido" depois de descobrir que ele era militar.
O tenente-coronel havia acabado de retornar à sua residência após ter deixado seus filhos na escola quando, já no interior do imóvel, foi surpreendido pela presença do comparsa de Luanderson, que, portando uma arma de fogo, rendeu o policial e anunciou o assalto. Em seguida, o criminoso teria conduzido Otoniel para o andar superior do imóvel e adentrou um dos cômodos, tendo rendido a esposa do militar, Leila Cristina Lopes de Araújo, e seu sogro, um idoso de 70 anos.
O assaltante aproveitou a oportunidade para roubar diversos objetos pessoais dos moradores. Após a divulgação da denúncia do MP contra o militar, ele reagiu.
"Tenho a dizer que, em 28 de novembro, depois de deixar meus filhos no colégio e retornar a minha residência, eu e minha esposa fomos surpreendidos por um ladrão que de posse de uma pistola mirada em minha fronte, agindo com típica truculência, renderam-nos e, dessa forma, ambos humilhados e de “cara ao chão”, também assistimos o invasor render o meu sogro, com mais de 70 anos, para também, colocar esse idoso sob a mais vil forma de violência. Durante 40 intermináveis minutos de terror, sob a mira de um revólver, entre a vida e a morte, assistimos à profanação de nosso sagrado lar sem esboçar qualquer reação, tudo para o fim de preservar nossas vidas", traz trecho da nota.
Em outro trecho do texto, Otoniel Gonçalves destaca que, mesmo obedecendo todas as ordens do criminoso, eles constaram que a residência pertencia a um policial militar, o que fez com que o ladrão aumentasse a violência, dizendo que iria matá-lo. "Tal constatação pelo ladrão fez aumentar o seu padrão de violência, o que o motivou a dizer que iria me matar e que eu estava “fodido”. Quando ouvi essa ameaça, comecei a orar e pedir a Deus pela minha família, sobretudo pelos meus dois filhos pequenos que, felizmente, no momento já estavam no colégio", destacou.
Otoniel complementa dizendo que durante o roubo, o ladrão teria sido dissuadido de matá-lo e, após levar pertences materiais e deixar seu rastro de violência, fugiu com o apoio de outro suspeito que estava de carro na frente de minha casa. No entanto, ele diz que, com o intuito de fazer cessar aquela violência, ao avistar o ladrão mirando novamente sua pistola em sua direção, reagiu e o motorista foi alvejado com um tiro fatal, "encerrando ali a empreitada criminosa da qual eu e minha família fomos vítimas", asseverou.
NOTA NA ÍNTEGRA
Sobre a matéria divulgada em diversos sites de Cuiabá, tenho a dizer que, em 28 de novembro, depois de deixar meus filhos no colégio e retornar a minha residência, eu e minha esposa fomos surpreendidos por um ladrão que de posse de uma pistola mirada em minha fronte, agindo com típica truculência, renderam-nos e, dessa forma, ambos humilhados e de “cara ao chão”, também assistimos o invasor render o meu sogro, com mais de 70 anos, para também, colocar esse idoso sob a mais vil forma de violência.
Durante 40 intermináveis minutos de terror, sob a mira de um revólver, entre a vida e a morte, assistimos à profanação de nosso sagrado lar sem esboçar qualquer reação, tudo para o fim de preservar nossas vidas.
Contudo, mesmo obedecendo todas as ordens do criminoso, os adereços que adornam minha residência revelaram ao ladrão que ali residia uma família militar, um trabalhador da Polícia Militar. Tal constatação pelo ladrão fez aumentar o seu padrão de violência, o que o motivou a dizer que iria me matar e que eu estava “fodido”.
Quando ouvi essa ameaça, comecei a orar e pedir a Deus pela minha família, sobretudo pelos meus dois filhos pequenos que, felizmente, no momento já estavam no colégio.
Deus deu uma nova chance a minha família e o ladrão, dissuadido de matar, após levar pertences materiais e deixar seu rastro de violência, empreendeu em fuga com o apoio de outro ladrão que estava de carro na frente de minha casa.
Foi nesse instante que, com o intuito de fazer cessar aquela violência, ao avistar o ladrão mirando novamente sua pistola em minha direção, reagi e o motorista foi alvejado com um tiro fatal, encerrando, ali, a empreitada criminosa da qual eu e minha família fomos vítimas.
A fim de apurar os fatos, foi instaurado Inquérito Policial, onde, novamente, minha família reviveu os momentos de violência e terror para relatar a Autoridade Policial o que havia acontecido na manha de 28 de novembro.
Assim, depois de analisadas as imagens do sistema de segurança, dos depoimentos colhidos, da perícia realizada em minha residência, o Delegado em seu relatório final concluiu que minha conduta foi defensiva e reativa à violência contra minha família, razão porque, sequer promoveu meu indiciamento criminal, eis que foi evidente a legitima defesa, típica e notória excludente de ilicitude.
No entanto, antes que o ladrão fosse preso, processado e julgado pelo crime que cometeu contra minha família, tenho que, a pedido do Ministério Público Estadual, sentar no banco dos réus porque o Promotor, diversamente da Autoridade Policial, entendeu que eu cometi o crime de homicídio doloso e, por isso, devo, inclusive, pagar uma indenização ao criminoso que roubou minha residência.
É isso que se pede a Justiça!
Agora, como relatado na reportagem, sou réu!
Depois de suportar a violência de um criminoso, vou enfrentar a violência do Estado que me acusa de ser homicida por ter defendido minha família, meu lar, minha fortaleza!
Agradeço as mensagens de apoio, afeto e carinho.
Ten Cel Otoniel Gonçalves Pinto
Suris | 10/07/2024 07:07:06
Lamentável o comportamento do MP, se a autoridade policial com todos argumentos legais,, depois de oitivas e análises dos fatos, atos e vÃdeos etc, constatar que foi legÃtima defesa tÃpica para cessar agressão injusta, ainda assim o Estado põe a vÃtima do banco dos reus. Triste uma sociedade que pune quem sofreu tamanha violência no seu próprio lar violado, com possÃvel prisão e indenização a famÃlia do que cometeu as maiores atrocidades contra um cidadão e sua famÃlia. Temos que repensar nossos valores éticos com certeza.
Padilha | 09/07/2024 15:03:06
O Estado Brasileiro precisa urgentemente ser refundado. Precisamos de uma nova Constituinte, remodelar o papel das instituições. O MP é um órgão acusador e não pode ao mesmo tempo ser o fiscal da lei, pois então, quem daria limites aos seus abusos? O ideal ainda seria eleição quinquenal para juÃzes e promotores, incluindo o STF, isso criaria um controle social sobre suas ações. O poder deve emanar do povo e não de uma instituição.
Bruno | 09/07/2024 12:12:54
Quem vai consertar a injustiça? um Advogado! Entendam, a advocacia é indispensável para a Justiça. Valorizem os advogados, que certamente vão defender o PM dessa injustiça absurda! O único capaz de enfrentar o Estado e seu Sistema, é o advogado!
JOSEH | 09/07/2024 10:10:59
Oto você é um cara do bem, terá a Vitória.
Paulo | 09/07/2024 10:10:54
É lamentável. Comigo aconteceu caso parecido. ladrões entraram em minha residência, dei um tira para cima como advertência e fiquei respondendo um processo por mais de 12 anos. MPE me acusou de tentativa de homicÃdio.
João | 09/07/2024 10:10:53
Se for policial vai preso, o nome é estampado na rede social, condenado sem julgamento prévio. O direito do contraditório ou ampla defesa só existe para bandido. Manchão a honra e o nome do policial e depois fica por isso mesmo.
Augusto César da Costa | 09/07/2024 10:10:38
Esse é o nosso MPE. Não precisa falar mais nada...
Julio | 09/07/2024 10:10:32
Esse MP estão trabalhando prol da malandragem São advogado se bandido cada um tem o governo e a justiça que merece foram votar no PT aÃ
é o Brasil | 09/07/2024 10:10:09
Se fosse a famÃlia de um promotor seria diferente
garastazul@bol.com.br | 09/07/2024 10:10:01
Cara é uma vergonha um trem deste ..... que Deus nos proteja dos bandidos e do estado..... Amém
Sebastiana | 09/07/2024 09:09:58
EU NÃO GOSTO DE DESEJAR MAL PRA NINGUEM, MAS PRA ESSE PROMOTOR QUERO QUE ELE PASSE PELO MESMO PESADELO QUE O POLICIAL PASSOU, E AI ELE LIGUE PRA POLICIA PRA POLICIA PODER AJUDAR ESSE FDP, ESPERO QUE NESSE MOMENTO TODOS OS POLICIAIS DE PLANTÃO LEMBREM QUE É ESSE FDP QUE ESTA PRECISANDO DE AJUDA E QUE NENHUM POLICIA Và Là AJUDAR, DEIXA ELE SE FODER, QUEM DEFENDE BANDIDO É BANDIDO
Cidadão de bem | 09/07/2024 09:09:54
Bandido bom é bandido morto na vala mesmo
Altair | 09/07/2024 09:09:42
Ladrão tá rindo a toa da sociedade . . .
Alice | 09/07/2024 09:09:25
Hj a Lei protege mais bandidos do que a vÃtima, total inversão de valores. Uma vergonha, será que tivesse acontecido com algum membro da famÃlia teriam tomado essa decisão?
Kleber | 09/07/2024 09:09:21
Se por ventura um ladrão vier assaltar a casa de um membro do MPE, a polÃcia não deve ir ao local, deixa esses seres superiores resolverem seus problemas, quem sabe ele até paga uma pensão para assaltante, é bem Mato Grosso.
alexandre | 09/07/2024 09:09:20
Causou danos ao ladrão tem que pagar indenização, onde estava a defensoria e a procuradoria pra defender o cidadão coronel ? ta tudo errado...
Indigninadissimo | 09/07/2024 09:09:08
Piada pronta! Só pode,o MP está indiciando um policial,agente público que existe para proteger e defender a população de bem,por ter,abatido um assaltante,que invadiu sua casa,rendeu a ele e sua famÃlia, colocando armas na cabeça de alguns, fugindo logo após e só sendo alvejado porque o PM conseguiu se livrar ? É poste mijando no cachorro mesmo nesse paÃs,se esse marginal, obtivesse êxito na sua fuga,com todos os pertences dessa famÃlia,oque o MP iria fazer para indenizar a famÃlia do PM?Vem cá,pra que serve o MP mesmo? Não basta a Defensoria Publica pra defender os marginais que não tem condições de contratar um advogado?Ou é realmente uma piada pronta essa denuncia do MP contra o PM?
Dudé | 09/07/2024 09:09:06
E se fosse com a famÃlia do promotor,será que agiria da mesma forma????? Quanta justiça não temos!!!
D.O.A | 09/07/2024 08:08:37
Aqui é o Brasil...
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