O delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP), classificou o assassinato da jovem trans Thayla Santos de Souza, de 24 anos, como horrendo. Natural do Amazonas, Thayla morava em Várzea Grande há três anos. Ela foi vista pela última vez na sexta-feira (20) e seu corpo foi encontrado na tarde desta segunda-feira (23) em um matagal na região do Zero Km, conhecida por ser um ponto de prostituição. A vítima estava seminua e pode ter sido degolada. O delegado não descarta a possibilidade de que o autor do crime brutal tenha sido um cliente da jovem.

"Aqui identificamos que houve uma lesão causada por faca, mas precisamos aguardar o exame de necropsia para poder afirmar com certeza. Por ser uma área de vulnerabilidade, muitas vezes clientes se aproveitam da situação e cometem atos como esse. Existe suspeita que o autor possa ter sido um cliente, sim. Estamos aprofundando as investigações e pedimos a ajuda da população. Qualquer informação que possa levar ao autor desse crime horrendo será mantida em sigilo", explicou o delegado.

Segundo Nilson Farias, o local onde o corpo foi encontrado indica que Thayla foi morta e abandonada ali. 

"Eu acredito pelas circunstâncias que o homicídio ocorreu no local. Não sei se veio com uma desculpa de que iria conversar ou algo parecido, às vezes contrata um programa ou algo do tipo e acaba tendo um final trágico. Mas a Polícia Civil está aqui para aprofundar nas investigações e responsabilizar o autor desse homicídio", acrescentou.

No registro do departamento de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil, consta que Thayla desapareceu após sair para uma festa. De acordo com a PJC, a jovem morava na cidade industrial e saiu com uma amiga na última sexta-feira (20). Desde então, não teve mais contato com seus familiares.

Equipes da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estão apurando o caso e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também está atuando na região.