Polícia

Quarta-Feira, 25 de Junho de 2025, 08h01

MANÍACA DA UFMT

Perícia acha plástico amarrado em pescoço de gato morto por estudante

MARIANA DA SILVA

Gazeta Digital

 

Laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) feito a partir do cadáver de gato encontrado em saco plástico em terreno baldio próximo à residência de Larissa Karolina Silva Moreira, aponta para “indícios compatíveis de maus tratos”. Segundo o documento, foram constatadas lesão extensa na cabeça do animal, lesão na região perianal com presença de orifício ou laceração sugestiva de possível trauma, e ainda, material plástico amarrado ao redor do pescoço do animal, indicativo de asfixia. 

As informações constam em documento obtido pelo GD, que é assinado pelo perito Alberto Pavan Neto, e podem subsidiar a manutenção da prisão de Larissa, presa desde o dia 13 deste mês acusada de adotar gatos para torturá-los e matá-los. Consta no laudo que os exames foram realizados tanto na residência da suspeita quanto no terreno baldio onde o animal foi encontrado, locais com cerca de 120 metros de distância um do outro. 

De acordo com a perícia, a prática de maus tratos é compatível com os tipos de lesões encontradas no corpo do animal. São elas: “lesão extensa na lateral da cabeça, incluindo a face e região periocular direita; ferimento na região perianal, com exposição de tecido desvitalizado e presença de orifício/laceração sugestiva de possível trauma; material plástico amarrado ao pescoço do animal, o que pode sugerir contenção ou asfixia”. 

Além disso, é dito que o corpo foi descartado em saco plástico em terreno desocupado, o que foi classificado como “conduta suspeita”. No entanto, devido ao avançado estado de decomposição, não foi possível afirmar com precisão se as lesões foram provocadas ainda em vida ou postmortem - pós-morte. Não foi possível encontrar indícios evidentes de envenenamento durante a análise pericial direta, pois devido ao estado de decomposição, não foi possível a coleta de material. 

Para o perito, a lesão na região perianal, pode ser compatível com violência sexual (zoofilia). Diante disso, foi coletada amostra do material ressecado presente na lesão e encaminhada para análise laboratorial visando detectar presença de material biológico humano (sêmen). 

Em relação ao lençol recolhido na cozinha da casa de Larissa, é destacado que a eventual confirmação de sangue no tecido e/ou sêmen humano na amostra perianal poderá “configurar elementos probatórios relevantes para a investigação criminal”. 

Conforme a perícia, embora não tenham sido encontrados gatos na residência no momento da abordagem, é descrito que no local havia caixas de ração úmida para gatos (sachês), escova para remoção de pelos e sacos de areia higiênica para gatos. Além disso, havia resíduos de ração seca, fezes na caixa de areia e ambiente com forte odor característico da presença recente de animais, especialmente felinos. 

O caso

Conforme noticiou o GD, no dia 13 deste mês Larissa Karolina Silva Moreira e seu namorado foram presos, alvos de investigação da Delegacia de Meio Ambiente (Dema), por adotar animais em situação de vulnerabilidade para praticar maus tratos que resultam na morte deles. Três corpos foram encontrados em uma área de mata próximo à residência da jovem. 

Um dia antes da ação policial, o namorado da jovem prestou depoimento na delegacia e teria confessado adotar os animais a pedido de Larissa. No entanto, alega que não participou os maus tratos. Ele foi solto por falta de evidências.  

Nesta segunda-feira (23) os dois foram indiciados por maus-tratos qualificados a animais domésticos com resultado morte. Durante as investigações, a equipe da Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) ouviu 11 testemunhas, levantou relatórios investigativos e imagens, que comprovaram a atuação da investigada no crime. Uma das imagens de câmera de segurança coletadas mostra o momento em que a investigada sai de sua casa com uma sacola nas mãos, que continha um dos gatos mortos.

Comentários (4)

  • Willian |  25/06/2025 09:09:32

    Safada/ sem vergonha / cadeia cadeia

  • Teo |  25/06/2025 09:09:21

    Alguem condene essa desgraça a ficar longe da sociedade.

  • Cuiabano |  25/06/2025 09:09:11

    Maldita covarde maldita

  • Wilson |  25/06/2025 08:08:27

    Qual é a razão, o motivo, do título da reportagem?! Não é tendenciosa, para manchar o nome da UFMT?!

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