Polícia

Segunda-Feira, 21 de Abril de 2025, 12h39

ISCA DO PRAZER

PM salva garota obrigada ser "escrava sexual" em MT

Mãe denunciou que mulher estava sequestrada

JACKSON HUGGO

Da Redação

 

Uma jovem de 21 anos foi resgatada de uma situação de cárcere privado na noite de sábado (19), em Rondonópolis, durante uma ação da Polícia Militar do 5º Batalhão, no âmbito da Operação Tolerância Zero às Facções Criminosas. O caso foi descoberto após a mãe da vítima, que mora em Cuiabá, acionar o Ciosp relatando ter recebido uma ligação da filha pedindo socorro.

Segundo o BO, a jovem contou à mãe que estava sendo mantida presa dentro de uma quitinete por duas pessoas. Ao chegarem ao endereço informado, no bairro Cidade Salmen, os policiais encontraram o portão da residência trancado com cadeado.

Diante da situação, foi necessário arrombar o portão para acessar o local. Assim que notou a presença da polícia, a jovem saiu da casa em prantos, relatando que era constantemente impedida de sair pelos dois suspeitos, que a cercavam sempre que se aproximava da porta.

A vítima também afirmou que suspeitava que uma das envolvidas, uma mulher de 26 anos, estaria colocando entorpecentes em sua comida, já que, ao acordar, sentia o coração acelerado e fraqueza nas pernas. Durante a checagem, os policiais descobriram que a mulher apontada como uma das responsáveis pelo cárcere possuía um mandado de prisão em aberto por roubo, expedido em Manaus (AM).

Ela foi presa no local. O segundo suspeito, um homem de 39 anos, afirmou que os três apenas dividiam a mesma residência para economizar nas despesas.

Já a mulher detida disse à polícia que ambas atuavam como garotas de programa e que o dinheiro obtido era enviado para sua filha em Manaus. A vítima, por sua vez, negou envolvimento com o trabalho e afirmou que era usada como "isca" para atrair clientes para atividades sexuais.

Ambos os suspeitos foram encaminhados à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Rondonópolis, onde o caso será investigado. A jovem, resgatada, deve passar por exames médicos e receber acompanhamento psicológico.

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