Polícia

Quinta-Feira, 20 de Março de 2025, 09h37

FALSO PROFETA

Veja quem é o pastor do CV que comanda extorsão de comerciantes em MT

Ulisses comandava igreja no Pedra 90 e fugiu para RJ

ALEXANDRA LOPES e BRENDA CLOSS

Da Redação

 

O alvo principal da operação "Falso Profeta", realizada pela Polícia Civil, é o criminoso Ulisses Batista, que atuava como pastor sênior em uma igreja no bairro Pedra 90, em Cuiabá. Ele frequentemente compartilhava seu lado religioso nas redes sociais, ao lado de sua esposa, que não é alvo das investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco).

O líder religioso e mentor do esquema encontra-se foragido no Estado do Rio de Janeiro. A "Falso Profeta" foi deflagrada nesta quinta-feira (20) e cumpre 30 ordens judiciais, incluindo sete mandados de prisão preventiva, nove mandados de busca e apreensão, duas restrições ao exercício de atividades econômicas de empresas, cinco sequestros de veículos e sete bloqueios de contas bancárias, que podem totalizar até R$ 1,5 milhão.

O objetivo da ação é desarticular um esquema de extorsão e lavagem de dinheiro promovido pelo Comando Vermelho (CV-MT) contra estabelecimentos comerciais que atuam na distribuição de água mineral em Cuiabá e Várzea Grande. As investigações, iniciadas em novembro de 2024, revelaram que os criminosos criaram um grupo no WhatsApp para inserir comerciantes, os quais eram constrangidos e coagidos a colaborar com a facção.

A investigação, conduzida pela GCCO e pela Draco, identificou membros da facção criminosa responsáveis pelo esquema de extorsão, denominado "Projeto Água 20 LT". Por meio desse esquema, proprietários de estabelecimentos eram ameaçados para comprar galões de água fornecidos exclusivamente pela facção, além de pagarem uma taxa de R$ 1 por cada galão vendido.

Até o momento, foram identificadas 11 vítimas, mas esse número pode aumentar, visto que o grupo no WhatsApp contava com mais de cem membros. Algumas vítimas que deixassem o grupo ou se recusassem a pagar recebiam mensagens privadas informando que alguém iria conversar pessoalmente com elas,  configurando o crime de extorsão majorada, com a ameaça implícita. “Intimidadas e ameaçadas, eram forçadas a retornar aos grupos e aderir ao projeto de água”, explicou o delegado da Draco, Rodrigo Azem, durante coletiva de imprensa, nesta quinta.

As investigações também mostraram que o administrador do grupo de WhatsApp é um dos líderes da facção criminosa, incumbido de manter o controle financeiro e logístico do esquema, coordenando as atividades de extorsão. Outros integrantes foram identificados como responsáveis por visitar as distribuidoras, reforçando a necessidade de os comerciantes adquirirem o produto vendido pela facção e cobrando a “taxa” por cada galão.

Todos os alvos identificados possuem extensa ficha criminal, incluindo crimes como tráfico de drogas, homicídios, roubo, uso de documento falso e organização criminosa, atuando como “soldados do crime” e impondo ameaças aos comerciantes em cumprimento às ordens de seus “superiores”.A facção criminosa também utilizava um caminhão específico para a distribuição de suas águas, que estava estacionado em uma distribuidora pertencente a um dos membros do grupo.

Investigações complementares foram realizadas para identificar membros envolvidos na lavagem de dinheiro oriundo das extorsões aos comerciantes. Descobriu-se a presença de pessoas físicas e jurídicas vinculadas ao esquema criminoso, com transações de grandes quantias em dinheiro, sem qualquer comprovação de origem lícita.

O Estado do Rio de Janeiro, reconhecido como o berço da facção criminosa, é o local onde o mentor do “projeto da água” exerce sua liderança. Os vínculos identificados apontaram para uma empresa que também atua na distribuição de água e bebida, funcionando como uma “testa de ferro” da facção, dissimulando transações por meio de empresas para remeter os recursos financeiros à organização criminosa no Rio de Janeiro.

A operação "Falso Profeta" faz referência ao principal alvo das extorsões, que também é pastor em uma igreja na capital.

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Comentários (14)

  • Luís |  20/03/2025 16:04:05

    Eu NÃO canso de dizer, atrás de cada inferninho evangélico, seja ele grande ou pequeno tem sempre : CORRUPÇÃO, TRÃFICO, ROUBO, ASSASSINATO E MUITA PROMISCUIDADE !! Se alguns membros da população fossem inteligentes NÃO seriam evangélicos !!! Não falha nunca !!! bozolóide !! Não é uma questão de ideologia , é uma questão de Caráter !!!

  • Contra Corrupção  |  20/03/2025 14:02:30

    O monstro do Santa Cruz está solto. Pesquisem. Inclusive pesquisem o nome do juiz que o deixou a solta.

  • Cuiabano |  20/03/2025 11:11:16

    Parabéns à polícia!!! Excelente trabalho apertando o cerco contra esses va ga bun dos!!

  • Pedro  |  20/03/2025 11:11:09

    Alguém confirma se ele realmente é da mesma igreja do Abílio, Deus, Pátria, Família.

  • Coxiponês |  20/03/2025 10:10:58

    Falou pastor, achei que era o Vereador Ex pastor Jefferson Siqueira

  • Cuiabano |  20/03/2025 10:10:54

    A criminalidade está tomando conta do Brasil e o pt não faz nada pra combater ainda querem desencarcerar os criminosos cruéis covardes impiedosos irrecuperáveis dos presídios do país inteiro vai virar um inferno o Brasil, tudo fora de controle inflação criminalidade mais de 40 reais o quilo de carne de segunda, tudo caro ovo tomate café ...

  • Patatipatata |  20/03/2025 10:10:49

    Adivinhem em que o pastor votou? Dica: o mesmo possui várias fotos com milicianos do RJ. Não esqueçam do lema desse pessoal: Deus, Pátria e Família. VÔTE!!!

  • Jonas Matos |  20/03/2025 10:10:22

    Tinha que ser Bozonarista mesmo, eles usam o lema Deus, Pátria, Família, para cometerem crimes e depois se dizem perseguidos e que o Brasil é uma Ditadura, igual faz o filho do Bozonaro: Eduardo "Bananinha".

  • Rolante Jacinto Pinto  |  20/03/2025 10:10:03

    Esse pastor mentiu pra mim, falou que não era casado e ainda disse que eu iria ter uma vida de princesa lá no Rio de Janeiro. Agora estou igual Cristiane F.

  • Ademir |  20/03/2025 09:09:41

    Falta aquele Vereador falante e famoso por aberrações na Câmara Municipal ser só um pouquinho investigado pra acharem muito dele , fica a dica PC.

  • Eros  |  20/03/2025 09:09:26

    E cadê as fotos dos pm,s envolvidos na morte do advogado? Um pm envolvido sabemos que a mãe tem um restaurante famoso no CPA.

  • Greluda |  20/03/2025 09:09:19

    Com a ascensão do Bolsonarismo fortaleceu se a milícia, o tráfico internacional de armas, a cloroquina, a prostituição em Brasília , protestantes traficantes... e por ai vão.

  • Diogo Ferreira da Silva |  20/03/2025 09:09:15

    Desde quando vender água e formar grupos no whatsapp passou a ser organização criminosa? Pra min o Estado é uma organização criminosa. Cobra impostos injustos e diminuir o poder de compra do cidadão a cada ano. A pobreza reina diante deste Estado opressor.

  • Carla evangélica |  20/03/2025 09:09:06

    A minha igreja é a única que levará os meus fiéis ao céu para conquistar a vida eterna... o resto é só charlatanismo.

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