Política

Sexta-Feira, 29 de Maio de 2020, 05h00

Ataque de Mauro é gratuito, diz Emanuel ao cobrar dívida de R$ 60 milhões

GAZETA DIGITAL

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou que o processo que o Estado move contra o município é “ataque gratuito, desnecessário e inoportuno”. O gestor reafirmou que o governo deve R$ 60 milhões para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na manhã desta quinta-feira (28). Além disso, sugere que o Estado quer criar um cenário eleitoral para seus candidatos.

Na ação protocolada na quarta-feira (27), a Procuradoria Geral do Estado (PGE) afirma que foram habilitados 100 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para atender pacientes de covid-19 e que a equipe estadual foi impedida de vistoriar as unidades. Os leitos citados estão no Hospital Municipal de Cuiabá, no Hospital São Benedito e no Hospital e Pronto-Socorro de Cuiabá. As instituições podem receber pacientes de qualquer cidade que precise de tratamento intensivo.

No processo, o governo relatou que existe uma portaria do Ministério da Saúde autorizando a habilitação de leitos exclusivos para a covid-19, desde que a solicitação seja conjunta entre município e estado. Cada leito habilitado recebe uma quantia diária de R$ 1,6 mil para custeio e manutenção, valor que é custeado pelo Ministério da Saúde e pelo governo do Estado.

Na transmissão realizada via rede social, o prefeito mencionou que o Estado faz ataque diariamente. Destaca a clareza dos gastos que estão disponibilizados no Portal Transparência de Cuiabá. “Ataque gratuito. O que eu peço é que, se não ajuda vai prestar conta com a população e com Deus, mas não atrapalhe, porque aí é demais. Agora, judicializar alegando que a prefeitura não deixa que fiscalize os leitos de UTI tem é muita leviandade”, critica o gestor.

Na transmissão, Pinheiro ainda comentou que a medida é irresponsável e que “não entende o que os move”. Acusa o Estado de dever R$ 60 milhões para a Saúde e não apresentar plano para pagamento. “Só eu, Deus e minha equipe sabemos o sacrifício que é tocar a saúde pública sem recurso e agora ainda vêm atrapalhar”, ressalta.

Prefeito ainda destaca que a situação tem sido usada de forma política e que ele não está interessado. Afirma que querem criar um problema que favoreça um cenário eleitoral para seus candidatos. “Minha luta é contra a covid”, relata.

Cuiabá está com 17% dos leitos de UTI ocupados, o que deixa o município numa situação muito tranquila, segundo o prefeito. O gestor ainda menciona que os casos na capital representam 31% dos contraminados em todo o estado. O valor e metade do percentual existente há 2 meses, quando 63% dos infectados pelo coronavírus estavam na capital. “Vemos que o vírus está se interiorizando de forma muito rápida. Isso é muito perigoso. Não vencemos a guerra, não”, afirma o prefeito.

 

 

Há 612 casos confirmados em Cuiabá, sendo 200 recuperados. No momento há 75 leitos de UTI disponíveis e a meta é criar mais unidades para chegar a 90.

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