A cabo eleitoral Viviane Pereira Xavier registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o vereador Marcos Davi Santos de Oliveira (PSB) após levar um calote pelos serviços prestados para o mesmo na campanha eleitoral e ainda ser ameaçada pelo parlamentar. Marcos Davi Santos é vice-presidente da Câmara Municipal de Tangará da Serra e disputou uma cadeira na Assembleia Legislativa no pleito do dia 3 de outubro.

Ele saiu derrotado ao obter apenas 3.486 votos. De acordo com a narrativa do BO, que firmou um contrato com o parlamentar para trabalhar do dia 14 de agosto ao dia 11 de novembro em prol de sua candidatura à AL, como administradora financeira da campanha, sendo responsável pelos pagamentos de pessoal, alimentação, pedágio, combustível, entre outros.

“Que fez pagamento de sua conta pessoal para terceiros, a pedido do suspeito que prometia ressarcir quando entrasse verba do partido. Que o comunicante presenciou várias irregularidades na campanha do suspeito (já denunciadas ao Ministério Público) e por isso se sente ameaçada, pois o suspeito disse ‘entramos numa enrascada, você precisa tomar cuidado, pois está sendo seguida’”, diz trecho da denúncia.

Viviane não é a primeira que procura as autoridades para denunciar o vereador. O tangaraense Wemerson Alves Cortes Torres acionou na Justiça do Trabalho para receber pelos serviços prestados durante a campanha eleitoral.

A audiência de conciliação ocorreu no último dia 10 de novembro, onde o parlamentar reconheceu a dívida firmou um acordo de pagá-lo em duas parcelas, sendo a primeira no dia 12 de dezembro e a segunda na data de 10 de janeiro de 2023. Wemerson aceitou a proposta e o acordo foi homologado pelo magistrado.

Outra denúncia anônima feita na Ouvidoria Geral do Ministério Público Estadual, relata que Marcos Davi teria recebido R$ 50 mil do PSB, para pagar os funcionários, mas não colocou o valor na conta do partido, mas sim, de uma terceira pessoa. Ele teria usado o dinheiro para quitar outras dívidas, que não teriam sido incluídas na relação de gastos oficiais da campanha.

O denunciante informa que o parlamentar deve R$ 5,3 mil de pagamentos aos quais ela fez em prol da candidatura do vereador, com a promessa de que receberia o valor de volta. "Tenho provas e comprovantes de tudo que paguei", informou a pessoa na denúncia ao MP.

Há mais cabos eleitorais de Tangará e de Nova Olímpia, que também estão procurando a Justiça porque tomaram calote do vereador.