Avallone destaca importância da Sala de Situação Central

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado Carlos Avallone (PSDB), representou o Parlamento na reunião que marcou o início das operações da Sala de Situação Central (SSC), estrutura criada para reforçar as ações de monitoramento, prevenção e combate às queimadas e incêndios florestais. A reunião aconteceu no Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), do Corpo de Bombeiros Militar em Cuiabá.

"Desde 2020, quando os incêndios afetam boa parte do Pantanal, tenho participado deste grupo de trabalho fundamental para a prevenção e combate aos incêndios florestais. Somente a união de esforços de órgãos e entidades, ao lado dos pantaneiros, pode assegurar ações efetivas para o combate às chamas que são comuns no período de seca que se aproxima”, defendeu o deputado. Segundo ele, “apesar do bom volume de chuvas este ano, a previsão é de uma seca semelhante à que afetou Mato Grosso no ano passado, mas felizmente estamos muito mais preparados para o combate do que em 2024. O Pantanal é uma região de difícil acesso e se o combate não for feito no início, fica difícil controlar os incêndios. Tem que haver uma interação de todos, governo estadual, federal,  pantaneiros, donos de pousadas, produtores rurais e entidades dedicadas à preservação ambiental, e é isso que a Sala de Situação proporciona", destacou o deputado.

No ano passado, o deputado Avallone coordenou uma audiência conjunta com a Comissão de Meio Ambiente do Senado, quando os três senadores mato-grossenses  se comprometeram a alocar recursos para a área ambiental. Em abril deste ano ele se reuniu em Brasília com os senadores Jayme Campos (UB), Wellington Fagundes (PL) e Margareth Buzetti (PSD) na busca de aproximadamente R$ 6 milhões para aquisição de equipamentos para as brigadas municipais de Poconé, Barão de Melgaço, Santo Antônio de Leverger, Nossa Senhora do Livramento, Cáceres e Chapada dos Guimarães. "Os três senadores se comprometeram com a apresentação de emendas específicas para o combate aos incêndios no pantanal neste ano de 2025 e continuaremos buscando recursos federais e estaduais", disse o presidente da Comissão de Meio Ambiente.

A secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, disse que a pluralidade de agentes públicos e privados presentes na Sala de Situação mostra a capacidade do Estado de atuar de forma integrada, coordenada e cooperativa. "Este ano estamos mais preparados no planejamento e nas ações concretas de combate ao fogo, integrando todas as forças da sociedade, o que certamente faz a diferença", disse Maureen. Ela agradeceu a dedicação do deputado Avallone e da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia, que este ano dará outras contribuições na regulamentação  das ações definidas recentemente pelo Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo.

Emergência Ambiental

O comandante do Corpo de Bombeiros coronel Flávio Glêdson Vieira Bezerra, explicou que através da Sala de Situação, os satélites de monitoramento identificam os focos de calor e as equipes do Corpo de Bombeiros, Sinfra, Sema, Ibama, ICMBio, Defesa Civil, Forças Armadas, brigadistas e voluntários atuam em ações conjuntas na região. O município de Poconé também deve sediar em breve uma Sala de Situação específica para o bioma, o que vai reduzir o tempo de resposta aos incêndios.

A Sala de Situação Central foi instituída por meio do Decreto nº 1.403/2025, que declarou estado de emergência ambiental em Mato Grosso e definiu o período proibitivo do uso e manejo do fogo em áreas rurais. No Pantanal, a restrição vigora de 1º de junho a 31 de dezembro. Já nas regiões da Amazônia e do Cerrado, o período vai de 1º de julho a 30 de novembro.

Instalada no BEA, a Sala de Situação Central tem caráter consultivo e deliberativo. Seu objetivo é reforçar as ações de monitoramento, análise técnica, otimização de recursos e resposta rápida às ocorrências, de forma integrada entre os diferentes níveis de governo. A sala dispõe de 30 assentos, entre titulares e suplentes, destinados a representantes de órgãos públicos e entidades de proteção ambiental convidadas a compor o núcleo de coordenação operacional. A coordenação geral das atividades está a cargo da Diretoria Operacional do CBMMT.

Entre os órgãos públicos que compõem o núcleo estão a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), a Secretaria Adjunta de Integração Operacional (Saiop) da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), a Secretaria Adjunta de Proteção e Defesa Civil, a Polícia Militar, a Polícia Judiciária Civil e a Casa Civil do governo. Também participam como entidades convidadas o Exército, a Marinha, a Força Aérea, a Força Nacional, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/Prevfogo), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), sindicatos rurais e o Sesc Pantanal.

FOREST FIRE

Entre os dias 16 e 18 de junho, Cuiabá será sede do Forest Fire – Congresso Internacional de Gestão de Incêndios Florestais. Organizado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, com apoio do governo estadual, o evento é pioneiro no segmento e reunirá especialistas de dez países para debater a importância da gestão integrada de incêndios florestais na preservação dos ecossistemas e na proteção das comunidades.

A programação conta com representantes e palestrantes de Portugal, Estados Unidos, Canadá, México, Nova Zelândia, Espanha, Chile, Irlanda e França, além do Brasil.  Essa participação internacional reforça a relevância do congresso como espaço estratégico para o intercâmbio de conhecimentos, fortalecimento de redes de cooperação interinstitucional e alinhamento de boas práticas em escala global.

O congresso contará ainda com a participação de especialistas, pesquisadores, acadêmicos, bombeiros militares e civis, brigadistas florestais, gestores ambientais, produtores rurais e entidades do agronegócio, além de profissionais de diversas áreas envolvidas com o manejo, gestão e combate a incêndios florestais de todo o mundo.