PF mira vereador por comprar votos de "adversário no PL" em Cuiabá

 

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira em Várzea Grande e Cuiabá a "Operação Rescaldo", com o objetivo de combater a prática de crimes praticados durante o pleito eleitoral de 2024 cometidos pelo vereador afastado de Cuiabá, Chico 2000 (PL). Os policiais federais cumprem dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo das Garantias do Núcleo I do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.

A investigação teve início após apresentação de uma notícia crime no plantão da Polícia Federal. De acordo com a informação, Chico 2000 teria abordado eleitores apoiadores de um outro candidato da mesma legenda partidária, que ainda não foi identificado, e oferecido vantagens indevidas para obtenção de voto.

Segundo a PF, as medidas cautelares da operação de hoje objetivam angariar elementos que contribuam para a instrução da investigação em curso. Confirmada a autoria dos crimes, os responsáveis poderão responder pelos crimes de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e difamação eleitoral, cujas penas podem chegar até cinco anos de reclusão.

OPERAÇÃO PERFÍDIA

Em 29 de abril, o ex-presidente da Câmara foi alvo da Operação Perfídia e sofreu busca e apreensão pela suspeita de receber propina de uma empreiteira para agilizar projetos no Legislativo. Ele acabou sendo afastado do cargo juntamente com o vereador sargento Joelson (PSB).

Nesta semana, Chico 2000 sofreu uma derrota no Tribunal de Justiça negando seu retorno ao cargo. No entanto, a Justiça autorizou que ele continue recebendo o salário mensal de R$ 26 mil durante os seis meses de afastamento.