Política

Terça-Feira, 15 de Julho de 2025, 14h11

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Câmara proíbe transição de gênero em Cuiabá

Da Redação

 

Por 23 votos favoráveis, a Câmara Municipal de Cuiabá aprovou em segunda votação nesta terça-feira (15.07) o projeto de lei que proíbe a realização de procedimentos médicos voltados à transição de gênero em menores de 18 anos. A proposta, de autoria do vereador Rafael Ranalli (PL), veda no âmbito do município o uso de bloqueadores hormonais, hormonioterapia cruzada e cirurgias plásticas com finalidade de redesignação sexual em crianças e adolescentes. A restrição se aplica a estabelecimentos públicos e privados de saúde, bem como a profissionais liberais que atuem em Cuiabá.

Entre os procedimentos proibidos estão a administração de hormônios sexuais cruzados, o uso de bloqueadores da puberdade com fins de transição, cirurgias anatômicas destinadas a alterar o sexo biológico e quaisquer outras intervenções médicas com objetivo de modificar características sexuais com base na identidade de gênero.

A única exceção prevista na lei é para tratamentos de disfunções endócrinas, genéticas ou congênitas, desde que devidamente diagnosticadas por profissional médico habilitado e que não estejam relacionados à mudança de sexo motivada por identidade de gênero.

Ranalli justificou a proposta afirmando que a medida visa proteger o desenvolvimento físico e psicológico de crianças e adolescentes, evitando intervenções irreversíveis antes da maioridade. Segundo ele, o projeto se fundamenta em princípios bioéticos, como o da precaução, e encontra respaldo em normas do Ministério da Saúde e na recente Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que restringem tais procedimentos a pessoas adultas no Sistema Único de Saúde (SUS).

“É um projeto nosso que visa apenas referendar uma resolução do CFM, que proíbe a reposição hormonal com fins de transição de sexo em menores de 18 anos. Nada contra a transição, que seja feita quando houver mais experiência e consciência de vida”, declarou o vereador durante a votação.

Na justificativa formal do projeto, Ranalli ainda cita a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), destacando que o objetivo não é promover discriminação, mas garantir que decisões com impactos irreversíveis sejam tomadas apenas com plena capacidade legal e psicológica para o consentimento informado.

A proposta segue uma tendência legislativa já adotada em outros estados, como Santa Catarina, e em discussão no Congresso Nacional, onde tramitam diversos projetos com teor semelhante.

Comentários (2)

  • 13/07 |  15/07/2025 17:05:19

    Agora, quero saber como é que vai ficar a situação do nobre deputado Ranali. Recentemente, ele mesmo afirmou que irá fazer um proteção transgênero, por causa do grande amor da vida dele (BOLSOLADRA Esse bolsicopata, golpista, falso moralista etc, ele só está vivo porque ele respira o BOLSOLADRA, ele vive só por causa desse grande amor da vida. Esse seu discurso barato de família, pátria amada e bolsoladra, só engana muitos otários bolsicopaticos igual a ele. Ele almoça, janta e dorme pensando no BOLSOLADRA. Sai do armário cara. O mundo dá voltas. Por trás de morro tem morro.

  • João  |  15/07/2025 14:02:51

    O objetivo da proposta pode até ser debatido na Câmara Municipal de Cuiabá, mais conhecida por Casa dos Horrores, entretanto, o poder legislativo municipal não possui competência para legislar sobre tal matéria. Aí é só perda de tempk e jogar para galera desinformação vez que o projeto de lei é inconstitucional.

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