O pecuarista Gilberto Cattani (PSL) foi empossado deputado estadual na vaga deixada por Silvio Fávero, que morreu vítima da covid-19 no último fim de semana. A posse foi realizada de forma discreta, no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB).

Em seu primeiro discurso, o parlamentar chorou ao citar a família e as dificuldades enfrentadas por pequenos agricultores nesse momento de pandemia. Nesse contexto, ele prometeu defender as bandeiras que abrangem a regularização fundiária e a reforma agrária.

“Minha esposa está lá em um assentamento tirando leite para fazer o queijo para podermos sustentar nossa família. E agora, nós estamos aqui para defender os mato-grossenses que passam o que eu passo”, disse.

Cattani também comentou sobre a pandemia e lamentou o fato de assumir a vaga de deputado estadual em virtude do falecimento de um colega de partido justamente pela Covid-19. “As restrições impostas impediram que minha família pudesse estar aqui, é uma coisa que eu sinto muito porque minha mãe estaria honrada. No entanto, tudo isso se dá a situação que estamos vivendo”, pontuou.

Gilberto Cattani ficou como 1º suplente do PSL nas eleições de 2018, quando recebeu 11.629 votos. Ao longo da semana, a posse do pecuarista chegou a ser contestada pelo 2º suplente, o empresário Emílio Populo (PSL). O proprietário da Viação Juína ingressou com um Requerimento Administrativo na Casa de Leis exigindo a cadeira.

No entanto, a Procuradoria-Geral da ALMT reconheceu a legitimidade a vaga para Cattani. No final, ele agradeceu o apoio dos parlamentares e do Partido Social Libera (PSL). “Agradeço ao presidente e aos deputados que compõem essa Casa. Vou representar os 11.629 votos que me colocaram aqui porque pensam da forma que penso. Agradeço ao meu partido, tivemos algumas diferenças no passado, mas tudo foi superado”, finalizou.

Empossado, Cattani já poderá participar da próxima sessão, marcada para segunda-feira (22). Na data, os deputados irão apreciar em 2ª votação o auxílio emergencial para o setor de eventos, bares, restaurantes e famílias carentes, além da proibição do corte de energia elétrica por 90 dias.