Terça-Feira, 29 de Abril de 2025, 17h06
AUDIÊNCIA
Deputado defende incentivo ao etnoturismo em MT
Da Redação
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) defendeu o incentivo à economia dos povos indígenas por meio de práticas sustentáveis como o etnoturismo e o turismo ecológico, a cultura, a agricultura familiar e o extrativismo. Lúdio realizou, na segunda-feira (28), uma audiência pública durante a 3ª edição do Acampamento Terra Livre de Mato Grosso (ATL-MT), realizado pela Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt).
Todas as edições do ATL-MT realizadas até aqui receberam apoio de Lúdio. O deputado destacou a necessidade de ouvir e atender às demandas dos 43 povos indígenas reconhecidos em Mato Grosso, com suas características próprias. Na audiência, indígenas que trabalham com arte, artesanato, biojoias, moda, música, agricultura sustentável, etnoturismo e turismo ecológico, entre outros, relataram suas experiências, as dificuldades enfrentadas e as demandas para fortalecer as atividades econômicas.
"Nós sabemos que os povos indígenas são os guardiões da natureza, da floresta, da biodiversidade e das águas, mas eles precisam de sustento também, e esse sustento precisa se articular com a proteção ao meio ambiente. Por isso, nós recebemos demandas para fortalecer o turismo nos territórios, a cultura dos povos indígenas que têm potencial econômico enorme, a agricultura familiar e o extrativismo no Cerrado. Escutamos todos eles para acolher essas demandas e sistematizar a cobrança aos entes responsáveis, para que a gente dê condições de desenvolvimento da economia entre os povos indígenas", defendeu o deputado.
Lúdio lembrou ainda que há diversas comunidades indígenas que ainda precisam ter direitos básicos atendidos, como acesso à saúde, educação e, principalmente, à demarcação de seus territórios.
"Há uma luta histórica que é a demarcação das terras indígenas. Nós temos povos representados aqui no ATL, os Tapayuna, por exemplo, que foram expulsos do seu território e precisam retomar esses territórios a partir da demarcação das terras. Temos povos que, por conta da interação com a sociedade não indígena, sofrem problemas de saúde causados pela adoção alimentos ultraprocessados que levam a diabetes, hipertensão, até o drama do suicídio entre os jovens por conta conflito entre os modelos de sociedade. São todos temas que são trazidos até nós e exigem um esforço de atenção e de ação", pontuou o parlamentar.
A presidente da Fepoimt e suplente de deputada estadual, Eliane Xunakalo (PT), agradeceu o momento de escuta das autoridades presentes e defendeu que o momento é de tirar as propostas do papel. Xunakalo, que é do povo Kurâ Bakairi, destacou a necessidade de os órgãos estaduais e federais darem apoio às iniciativas desenvolvidas pelos indígenas.
"Nós temos muitas iniciativas, mas não está chegando no chão da aldeia. Precisamos ser vistos, ainda dá tempo. E precisamos dizer ao Estado de Mato Grosso que nós somos produtivos. Não precisa ser o Plano Safra, mas nós precisamos de recursos. Coloque recursos nas nossas iniciativas que nós seremos campeões de produtos sustentáveis. Coloque recursos na nossa cultura que nós mostraremos como fazer. O que nós precisamos para a economia sustentável, e para todas as demais áreas dos povos indígenas, é recurso, porque nós temos trabalho, boa vontade, saúde e espiritualidade, e nós temos território. É graças a tudo isso que nós existimos e estamos de pé", argumentou Xunakalo.
O deputado estadual Valdir Barranco (PT) lembrou sua atuação junto de Lúdio na defesa dos indígenas e do meio ambiente na Assembleia Legislativa. Barranco também destacou a mudança de rumo no Governo Federal a partir de 2023, com novas políticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo a criação do Ministério dos Povos Indígenas.
"A cobrança dos direitos é importante, mesmo quando nós estamos em um governo que está ao lado das políticas públicas, políticas sociais, dos menos favorecidos e dos povos indígenas. O presidente Lula tem lado, e não é segredo para ninguém. A partir do seu terceiro governo, nós rompemos com seis anos de muitos desafios e de quatro anos de uma tentativa de eliminação dos povos indígenas. Mesmo neste momento em que estamos no governo do presidente Lula, em que ele vem ao encontro e sinaliza para políticas públicas para os indígenas, nós precisamos vigiar e cobrar", reforçou Barranco.
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