O deputado Paulo Araújo (PP) disse que nenhum dos colegas tem votos suficientes para ser primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALMT) e ressaltou que o único consenso é o nome de Max Russi (PSB) para ser o próximo presidente. Ele alertou, ainda, que no Parlamento Estadual se vota para uma chapa e não para cargos, como têm se articulado. 

No momento, quatro nomes brigam para suceder Russi no comando da primeira-secretaria. São eles: Janaína Riva (MDB), Alberto Machado (UB), Dilmar Dal Bosco (UB) e mais recentemente Carlos Avallone (PSDB).

Ocorre que o nome de Riva não teria 'agradado' o Palácio Paiaguás. Questionado se vê interferência do governador Mauro Mendes (UB) no Legislativo, o parlamentar disse que não nenhum movimento. 

"A maioria dos deputados é base de sustentação política do governo. Qualquer coisa que venha no sentido de polemizar ou trazer uma disputa de oposição à gestão atual, que na minha avaliação o governador vem mandando muito bem, isso é inquestionável. É natural que essas composições sigam o alinhamento político das forças que dá uma base de sustentação política do governo", disse ao portal Veja Bem MT. 

Araújo rechaçou ainda qualquer possibilidade de chapa de oposição ao governador e alertou que no Legislativo, a disputa não é por cargos como ocorre no Senado. "Na Assembleia, não temos disputa para cargo e é uma chapa. Para alguém que queira disputar uma chapa, ela tem que ter uma chapa completa. Então vamos ter, provavelmente, uma chapa apenas", disse. 

Para o parlamentar, não existe nenhuma resistência em relação ao nome da Janaína ser primeira-secretária por parte do Executivo, mas sim de deputados. "A disputa é de deputados. O que existe é resistência dos deputados mesmo. Se nós alguém que tivesse o perfil do Max para a primeira-secretaria, não teríamos briga, nós teríamos o presidente e o primeiro secretário consensuado como foi com Botelho e Max antes", exemplificou. 

Por fim, o progressista disse não acreditar em nenhuma mudança de postura ou de perfil por causa da eleição da Mesa Diretora ao responder se Janaína, caso não fosse a primeira-secretária, migraria para oposição ao governador como cogitado pelo pai da deputada, o ex-presidente da ALMT, José Riva, na última semana. Para Araújo, o Riva falou como um pai em defesa da filha e não em tom de ameaça. 

"Olha, eu acho que ele falou na condição de pai e não na condição de articulador político. Seria diminuir demais o parlamentar, né? Já pensou, ah não, não quero, não ganhei, então vou agora eu vou ficar com raivinha, vou virar oposição. Bem da verdade, quem escolhe os cargos é o cabeça de chapa. Quem é o presidente? O Max! É lógico que ele vai tentar usar a habilidade dele para costurar a melhor composição porque o mandato é dele", avaliou o parlamentar.