Segunda-Feira, 14 de Agosto de 2023, 08h40
QUEDA DE BRAÇO
Deputado prevê derrubada de veto em lei da pesca em MT
Um dos artigos vetados determina recuperação de matas ciliares
SABRINA VENTRESQUI
Da Redação
O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB), que também preside a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, acredita que seus colegas de parlamento irão derrubar os vetos do governador Mauro Mendes (União Brasil) na lei nº 12.197/2023, conhecida como “Transporte Zero”, que proíbe a pesca nos rios mato-grossenses e o transporte de peixes nos rios de Mato Grosso por cinco anos.
De autoria do Governo do Estado, o projeto recebeu emendas na Assembleia Legislativa e foi aprovado em dois turnos sob protestos de pescadores que se manifestaram contra a proposta. Ao sancionar a lei, o governador vetou dois artigos.
Um dos artigos vetados proibia a criação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) no Rio Cuiabá e no Rio Vermelho enquanto a lei do Transporte Zero estivesse em vigor. O segundo trecho vetado estabelecia que o governo do Estado deveria desenvolver projeto de recuperação das matas ciliares.
Agora, os vetos voltam para apreciação no plenário do Legislativo Estadual. Se houver derrubada dos vetos, a lei será promulgada pelo presidente da Casa, Eduardo Botelho (União. “Acho que a Assembleia provavelmente deve derrubar esse veto. É muito importante a questão da recuperação das matas ciliares”, opinou Carlos Avallone, durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real.
O parlamentar ainda relembrou tempos longínquos, quando o governador atuava como presidente da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (FIEM) e criou um projeto que visava a proteção das matas ciliares. "Lembro até que o governador Mauro Mendes quando ainda era presidente da Federação das Indústrias, ele fez uma proposta e acabou criando o Instituto Ação Verde. E o Instituto Ação Verde foi criado com a vontade de recuperar as matas ciliares. Fui o segundo presidente da Ação Verde por seis anos e o nosso trabalho era a recuperação das matas ciliares, dos principais rios do Mato Grosso. Fizemos um trabalho fantástico no Rio Cuiabá, principalmente ali em Santo Antônio do Leverger”, observou o tucano.
Após publicação dos vetos no Diário Oficial de Mato Grosso (Iomat), em 21 de julho, Mauro Mendes justificou que os dois trechos foram retirados do projeto de lei porque a Assembleia não tem competência para legislar sob água e energia. Dessa maneira, a lei estadual que proibia a construção de PCHs em Mato Grosso foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda conforme decisão do órgão, as leis que dispunham sobre água e energia só poderão ser julgadas pela Suprema Corte.
"O Supremo já decidiu sobre isso. A Assembleia pode legislar em cima do Supremo? Claro que não né, ninguém pode. Nós estamos aqui para ser sérios. Se o Supremo já analisou essa matéria de que é inconstitucional, vai vir outra matéria. Quer vencer o Supremo por insistência? Vai ficar aqui fazendo birrinha, tem que parar com isso", criticou o governador à ocasião.
Segundo o deputado Carlos Avalone, o artigo que proibia a construção de PCHs no rio Cuiabá foi adicionado à mensagem como forma de demonstrar à população mato-grossense que usinas não seriam construídas em rios da capital, principalmente porque houveram comentários de que a lei do Transporte Zero seria uma espécie de “cortina de fumaça” para permitir a construção de usinas hidrelétricas. Mas, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT) já proibiu projetos que visam a construção de hidrelétricas na região.
“Não é uma questão da gente concordar ou não. É o Supremo que já disse que é inconstitucional e derrubou nossa lei. Ainda bem que a Sema deu a palavra final e disse que Rio Cuiabá neste pedaço, nessa cabeceira do rio de Cuiabá até o Manso não é possível se fazer PCHs porque ali é um berçário de peixes e tal. Então, tecnicamente não vai ter PCH no Rio Cuiabá. Já está liquidada esta conversa. Colocamos como uma forma de demonstrar à população porque houve o comentário de que essa lei, no fundo, era pra permitir PCHs. Então, nós reafirmamos que não era para isso”, explicou o parlamentar.
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