Entre os 24 deputados estaduais de Mato Grosso, 10 já aderiram à “moda” dos implantes capilares. O pioneiro foi o deputado Eduardo Botelho (União), mas além dele também já realizaram o procedimento Thiago Silva (MDB), Dr. Eugênio (PSB), Diego Guimarães (Republicanos), Wilson Santos (PSD), Chico Guarnieri (PRD), Paulo Araújo (Progressistas), Nininho (PSD), Max Russi (PSB) e também a deputada Janaina Riva (MDB). 

Ao jornal A Gazeta, Botelho afirmou que, na época que fez o implante, não recebeu muitas críticas, mas era comum ouvir piadas, o que ele levava na brincadeira. O parlamentar não se arrepende do procedimento. “Eu fui i primeiro a fazer. Estou satisfeito, caiu um pouco, o que é normal para quem faz reposição hormonal, mas gostei muito do resultado, recebo muitos elogios, principalmente das mulheres. Acho que, se puder, é bom fazer, faz bem”. 

O parlamentar fez o procedimento na Clínica Aires, em Cuiabá. Outros três parlamentares também fizeram o implante na capital. Wilson, Diego e Chico Guarnieri procuraram o médico Rafael Fitipaldi. Thiago Silva, que fez o implante em 2023, disse que críticas são normais, mas pontuou que não há nada de errado em um parlamentar realizar o procedimento, já que “o que tem que valer é o trabalho que prestamos à população”. 

“A gente sempre busca melhorar a autoestima né. Como homens públicos, a gente quer estar sempre bem apresentáveis. Mas não se popularizou só entre os deputados, mas na sociedade toda. Hoje em qualquer lugar se pode fazer, eu fiz em Cuiabá, mas antigamente tinham que ir para a Turquia né, hoje está mais acessível”. 

Paulo Araújo disse que não se incomodava com as piadas. Ele fez o procedimento duas vezes, uma em São Paulo e outra em Cuiabá, e também não se arrepende. “Caiu um pouquinho já né, porque a gente faz reposição hormonal, com indicação médica, mas eu faria de novo. Lá na primeira vez, quando surtiu bastante efeito, me senti muito bem sim”. O deputado Dr. Eugênio disse que, entre seus colegas, um foi motivando o outro a decidir fazer o procedimento. 

“Eu convivia bem com minha calvície, mas se tem possibilidade de transplantar, que mal tem né? E olha, quem animar fazer, recomendo que faça, não tem dor nenhuma, nem sedado fui. Inconveniente só para dormir na primeira semana e não pode tomar sol por 60 dias. O restante é ser feliz e cada um fazer o que sinta bem”. Com alopecia, Janaina Riva fez procedimento A deputada Janaina Riva fez o implante capilar, mas por motivos diferentes de seus colegas. Ao jornal A Gazeta ela relatou que sofre de uma calvície genética chamada alopecia androgenética, que herdou de seu pai. 

“É raro, mas acontece também com mulheres. Eu sempre tratei isso e sempre perdi muito cabelo, eu já tinha falhas muito grandes na minha adolescência. À época esse assunto não era muito falado, a gente achava que não existia alopecia para mulheres então eu demorei muito para ter um diagnóstico e para tratar corretamente. Quando eu comecei a tratar já, com Minoxidil, eu já estava com algumas falhas que eram irrecuperáveis, porque já tinha cicatrizado a alopecia, então não crescia mais cabelo”. Janaina disse que demorou a buscar médicos para realizar o implante, porque, no procedimento mais comum, é necessário raspar a cabeça do paciente e, como mulher, isso era uma preocupação sua. 

Contudo, ela acabou descobrindo uma técnica de implante de fio comprido, que não necessita de raspagem e causa menos inchaço. Na época em que fez o implante, a deputada fez publicações em suas redes sociais, emocionada e fazendo agradecimentos. 

“Eu estou muito feliz de ter realizado o implante, apesar do cabelo ainda não ter crescido, isso demora mesmo, é normal, mas para mim foi importante para tampar essas cicatrizes que eu tinha onde não cresceria mais de outra forma. Quis compartilhar também para que outras mulheres soubessem que este problema existe, que é sim possível tratar com medicação e, em último caso, ou caso de necessidade que a medicação não consiga mais resolver, aí tem também a opção de implante de fio comprido”.