O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), retornou oficialmente para o cargo após 30 dias de férias. E, com os resultados das urnas nas eleições deste ano, Pinheiro pretende reavaliar e oxigenar a sua gestão para 2023, com mudanças no seu secretariado.  

Em conversa com o jornal A Gazeta, o chefe do Poder Executivo da capital disse que ele e o seu grupo avaliam o resultado das urnas para interpretar o que o eleitor cuiabano quis dizer e, assim, modificar o seu governo para os últimos dois anos.  ‘Uma coisa é certa, nós vamos reoxigenar a nossa gestão. Vamos reavaliar e reorganizar as nossas forças, os nossos aliados e a nossa equipe de gestão’, disse.  

Emanuel não esconde que as próximas mudanças têm como reflexo na disputa deste ano, onde a primeira-dama da capital, Marcia Pinheiro (PV), saiu derrotada na disputa ao governo, incluindo na capital. Governador Mauro Mendes (União) chegou a quase 70% dos votos válidos. 

Porém, ele acredita que o resultado não irá interferir nas eleições de 2024, quando ocorre a sucessão ao seu governo. ‘Cada eleição é diferente. Acho muito cedo dizer que Emanuel Pinheiro e seu grupo estão mortos. Disseram isso em 2020 e olha o resultado’, diz. ‘Em 2020, o candidato do governador para disputa eleitoral [Roberto França] teve menos de 10% dos votos. Eu fui para o segundo turno com todos que se uniram contra a gente, incluindo gente do meu partido, e mesmo assim vencemos’, completou.  

Emanuel também disse que a pesquisa Gazeta Dados, na segunda rodada, no primeiro turno apontou que 64% dos cuiabanos aprovam a sua gestão. ‘Na primeira pesquisa Gazeta Dados tínhamos 51% de aprovação. Então isso mostra a nossa força, o nosso trabalho’, analisou o prefeito, que coordenou a campanha da esposa.  

Ele ainda aponta que o grupo reelegeu Emanuelzinho deputado federal e o presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná Filho (MDB) para estadual. ‘A Marcia teve 70 mil votos em Cuiabá, sem fazer campanha, campanha de última hora, sem dinheiro. E hoje ela é uma semente do grupo às próximas eleições, mesmo ela dizendo que não tem essa pretensão’, diz.