Política

Terça-Feira, 15 de Setembro de 2015, 18h18

BALCÃO FISCAL

Empresário delata extorsão de R$ 2,6 milhões para ter incentivo em MT

Grupo assume que teve que pagar propina por menos imposto

CARLOS DORILEO

Da Redação

 

Um dos empresários que colaboraram com a "Operação Sodoma", deflagrada na tarde de hoje, Júlio Batista Rosa, em depoimento, revelou que pagou uma propina de R$ 2,6 milhões em quatro anos para ter acesso aos incentivos fiscais em Mato Grosso. A fortuna do sócio da empresa Tractor Parks, em Várzea Grande, foi repassada ao ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, que está preso, por meio de cheques, dinheiro vivo e transferências bancárias em nome de "laranjas" e até familiares.

Também é citado o envolvimento do ex-procurador Francisco Gomes de Andrade Filho. Ele teria recebido cheques da empresa através de outra e ainda teria tentado "vender" deputados estaduais para que fosse evitada uma investigação do esquema pelo Legislativo.

Em nota assinada pelo advogado Huendel Rolim, a empresa alega ter sofrido "severa extorsão de agentes públicos" entre 2011 e 2014 para que continuasse tendo redução no pagamento de tributos junto aos orgãos arrecadadores do Estado. "Todos procedimentos necessários para que se fosse reconhgecida a colaboração foram preenchidos sendo que toda prova produzida é espontânea e voluntária", explica a nota.

Três familiares de Pedro Nadaf prestaram depoimentos e foram liberados. A ex-esposa, a atual e um filho do ex-secretário prestaram esclarecimentos aos delegados sobre supostos repasses recebidos da empresa em suas contas.

Chegou há pouco a sede da Delegacia Fazendária o ex-secretário de Fazenda, Marcel de Souza Cursi, que é funcionário de carreira da Sefaz. Ele chegou cabisbaixo diante da prisão decretada.

Na "Operação Sodoma", houve a decretação da prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) por participação no esquema de venda de incentivos fiscais. Ele está foragido e as forças de segurança o procuram para que seja recolhido a uma unidade prisional,

Ao todo, são 12 mandados de busca e apreensão e condução coercitiva. O esquema teria dado um prejuízo de cerca de R$ 150 milhões ao Estado através de incentivos fiscais fraudulentos.

OUTRAS DELAÇÕES

Além do empresário, existem outros secretário Nos bastidores, já se especula que dois ex-secretários de Silval Barbosa tenham colaborado com a Justiça e orgãos que investigam o esquema. Um deles estaria residindo em Minas Gerais e outro em Santa Catarina.

 

 

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Comentários (5)

  • Raquel |  16/09/2015 11:11:10

    Teve que pagar propina uma ova!!! Pagou propina para se beneficiar e agora vem querer dar uma de santo. O corruptor é tão corrupto quanto o corrompido!! Estes empresários deviam ir para a cadeia também!!! Conclamo a todos os matogrossenses de bem que boicotem essas empresas corruptas!!!

  • Carlos Antonio  |  15/09/2015 22:10:36

    E o Francisco Lima (já havia sido citado pelo Eder Moraes como o amigo dos Banqueiros e grande arquiteto da legalização; internacao -sic ) Por que não foi encontrado :Estaria ele em Santo Antonio do Leverger , Mimoso, ou Toronto

  • Armando |  15/09/2015 22:10:15

    a pergunta que não quer calar, por que Silval Barbosa não se apresentou a policia e colabora? FORAGIU POR QUE NÃO É INOCENTE?

  • Carlos Lira |  15/09/2015 19:07:16

    O barraco caiu...o crime não compensa

  • lucia nerielle |  15/09/2015 19:07:14

    Malfeitores , corruptos cadeia e pouco!

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