Política

Segunda-Feira, 17 de Fevereiro de 2014, 17h56

FOGO NA COPA

Estado nega risco de desabamento e garante entrega da Arena Pantanal em março

Equipe técnica rebate versão apresentada pelos promotores de Justiça e rechaçam crise na estrutura

RAFAEL COSTA

Da Redação

 

A equipe de engenheiros envolvida diretamente nas obras da Arena Pantanal rebateu veementemente o relatório produzido pelo Ministério Público Estadual (MPE) de que a estrutura do estádio de futebol se encontra fragilizada por conta de um incêndio que aconteceu em outubro de 2013.

O engenheiro civil designado pela Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo), João Paulo Curvo, afirma que toda a estrutura que foi incendiada foi devidamente recuperada. “Houve a recuperação de toda a parte estrutural e encaminhamos tres laudos ao Ministério Público comprovado nossas ações. O primeiro referente a parte elétrica, hidraúlica e ar-condicionado. O segundo referente aos danos causados no concreto e o terceiro referente aos danos causados na parte de aço e estrutura. No laudo entregue aos promotores de Justiça consta todo o processo de recuperação”, disse.

Curvo ainda sustenta que não houve aditivo para recuperar a área incendiada. “Tudo foi custeado pela seguradora”.

Em meio às contradições apresentadas pelo Ministério Público, Curvo acredita que houve uma falha de comunicação que gerou toda a celeuma. “Isso é muito ruim para a imagem do Estado, mas não acredito que tenha sido proposital”.

Por outro lado, o secretário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, informou que está confiante de que a Arena Pantanal será entregue no prazo correto. “Não há nada que possa comprometer a estrutura do estádio de futebol. Até o dia 15 de março a obra será entregue e no dia 2 de abril teremos a partida Mixto x Santos pela Copa do Brasil. Tudo transcorrerá tranquilamente”.

O laudo do Ministério Público Estadual (MPE) aponta indícios de a Arena Pantanal vir abaixo se as correções na estrutura não forem realizadas. O documento aponta a necessidade de testes nas duas paredes atingidas pelo incêndio.

Este documento foi encaminhado à Secopa em 10 de dezembro e os promotores Alexandre de Matos Guedes, Carlos Eduardo Silva e Clóvis de Almeida Júnior estipularam prazo de 20 dias para receber respostas. No entanto, alegam que somente no dia 7 de fevereiro foi recebido um laudo inconclusivo. 

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